
O inmenso bloque que constituie a pedra de abalar de “A Barca” (Muxía), baixo a forma de unha grande mesa de granito que mede oito metros e setenta de longo e de ancho na cabeceira seis metros e setenta. A sua altura apenas passa de trinta centímetros , e por esta razón, se reconhece como unha rocha das que abundam naquel litoral asperríssimo. Comprehendemos, que fora aproveitada para fins relixioso-civis, como outros monumentos arcaicos. Move-se aos impulsos do vento e ondas, durante as grandes tempestades; também unha pessoa, se se coloca nos pontos necessários para desiquilibrá-la. O dia da Virxem, dançam sobre ela os romeiros, enquanto a pedra imprimída de movimento, navega como unha barca paralela, num rumor de mar de pedra aos seus pés. Um ruído fundo que lhe é peculiar. Som muitas as lendas que a ela están unidas, e à localidade, indicando a importância que teve noutras épocas. Non todas forom recolhidas, nem sequer conhecidas de todos. As que nos recolheu o escritor alemán, xá citado, som das que chegando ao presente, sem mais que as modificaçóns próprias dos tempos, confirman por completo a nossa teoría, respeito a ter servido como pedra probatória da virxindade das doncelas (talvés das druidesas) e da fidelidade das esposas. Graças a estas mesmas lendas non resulta também possíbel, negar-lhes o seu carácter xudiciário. A crênça de que um neno, isto é, um “inocente”, os que non estabam em pecado mortal, os que estabam em paz com a Igrexa, nunha palabra, os puros e sem mácula, podíam movela com facilidade, e, ao contrário, aos reus de pecado e aos excomulgados, non lhes era dado de algunha maneira pô-la em movimento, responde por enteiro às ideias que forzosamente debíam abrigar respeito de semelhantes monumentos os que deles se servíam. Talvés sexa o único da Europa, no qual a tradiçón do seu primeiro destino repouse sobre as mais seguras e curiosas indicaçóns. Baixo o nome vulgar de “pedras d’embade, moventes, abaladoiras e cabaladas ou cabaleiradas, conhecem-se na Galiza a maioria das pedras abaladoiras, entre as quais podem citar-se, a que se encontraba nas Ilhas Cíes, a de Meixide, partido do Bollo, a de Corbelle, em Castro Maior (Viveiro) e de Paradela (Cambados). Há muitas mais e notábeis, como a de Pereiro (Castro de Ouro), descrita polo Sr. Villaamil nas suas “Antigüedades”, e é unha rocha de granito de forma quase oval, que mede quatro metros de alto e cinco de longo e quatro escassos de largo, com mais de 2.000 quilos de peso. está sentada sobre rocha viva que aparece à raíz de chán, num metro quadrado de superfície. Tem ademais na parte superior várias concavidades profundas e extensas, ainda que informes e com canal de desagüe, o que permitíu afirmar que podía ser também um altar. Para formar-se unha ideia cabal destes monolitos e da sua imponênte maxestade, basta dar a conhecer o enorme bloque que em Carnota (perto do Pindo) había fái algúns anos em completo equilibrio, e ao qual, como xá fica dito, mérdosos de que se desprende-se um dia, sacarom do seu asento. Xá que se considerem como altar natural, xá como pedras abaladouras, non pode negar-se, que eram vistos como monumentos antigos: o probam o sítio em que estavam e a mesma distinçón que lhes valeu a ruína.
MANUEL MURGUÍA