
O último saco fora o dos gauleses de Breno, em 390 a. C. Será difícil imaxinar o profundíssimo impacto emocional e anímico que tivo o saco. Roma era bastante mais do que unha grande cidade do Império, bastante mais do que a antiga capital sobre a qual se tinha construído e que lhe dera o nome. Roma era o símbolo de toda unha civilizaçón, cuxas orixens remontavam a um passado que se perdia no tempo e que, até entón, parecia destinada a durar para a eternidade. Santo Xerónimo, o autor da “Vulgata”, perguntava-se como era possíbel que tivesse sido conquistada a cidade que tinha dominádo o Universo e concluía, desolado: “Se Roma pode perecer, o que é que está a salvo?”. O saco de Roma marca o início do desmoronamento definitivo do Império do Occidente, tendo sido, nos anos seguintes abalado por sucessivas invasóns e incursóns de pobos bárbaros. Este é o contexto no qual transcorrem os últimos anos da vida de Santo Agostinho e no qual se intensificam, de forma nada surpreendente os tons lúgubres do seu pensamento. De forma mais imediata e pessoal, a queda de Roma, teve duas consequências directas para o bispo de Hipona. Por um lado, África converteu-se no refúxio de unha infinidade de famílias abastadas em fuga perante as cada vez mais frequentes e ameaçadoras incursóns bárbaras. Consigo levavam algunhas das correntes e disputas teolóxicas que fervilhavam no Império, das quais a remota Numídia se tinha mantido à marxem. Entre elas, e com algúm destaque, o “pelaxianismo”. Por outro lado, passado o choque emocional causado polo saco de Alarico, seguiu-se a busca das causas e dos culpados. E non poucos pagáns encontrarom a explicaçón para a decadência no abandono dos antigos valores da “urbs” e dos deuses tradicionais a favor de unha nefasta seita oriental, o cristianismo. A disputa com o pelaxianismo e a defesa do cristianismo face aos ataques pagáns, ocuparom os últimos anos da vida do santo. De qualquer forma, a história seguíu o seu curso inexorábel e o desmoronamento do Império chegou também à Numídia. Os Vândalos, um dos vários pobos que tinham atravessado as fronteiras do Império, decidirom abandonar as suas incursóns para sul e leste da península Ibérica e cruzarom o Mediterrâneo, tendo em vista os férteis campos do Norte de África, o celeiro de Itália. Em 430, a expediçón liderada polo chefe vândalo Genserico aproximou-se de Hipona, sitiando-a. A vintioito de Agosto de 430, quando se cumpria o terceiro mês de assédio vândalo, morreu Santo Agostinho, debído a unhas fébres que o corpo do idoso bispo (prestes a cumprir os 76 anos) non conseguíu superar.
E. A. DAL MASCHIO