
O que segue a continuaçón é um discurso “De sumptu suo” feito por Catón em sua defensa: no extracto apresenta-se a si mesmo e ao seu secretário, preparando a defensa que agora fai: “Mandei que me apresentaram o libro, no qual estaba escrito o meu discurso sobre a questón que había pactado com M. Cornelio. Trouxérom as tabuletas, e lêrom os serviços dos meus antepassados e logo o que eu tinha feito pola república. Quando âmbas cousas forom lídas, estaba escrito depois no meu discurso: Nunca prodiguei dinheiro, nem meu, nem dos aliádos, para obstentar. ¡Ah, non escríbas isso: non querem ouví-lo!, díxem. Depois lêu: Nunca impúxem às cidades dos vossos aliados “perfeitos” que lhe roubaram os seus bens, filhos e esposas. Borra isso também: non querem ouví-lo, segue lêndo. Nunca repartín botím, nem o que se tinha arrebatado ao inimigo, nem o producto da sua venda, entre uns quantos amigos para enganar aos que o tinham colhido. Borra isso também: nada há que queiram dizer menos que isso. Non há necessidade de o lêr. Nunca prestéi dinheiro com usura para o transporte, de maneira que os meus amigos lograram grandes ganhos mediante os selos de identificaçón. Segue. borra também isto com toda a força que poidas. Nunca repartím dinheiro em lugar da porçón de vinho, entre os meus subordinados e amigos, nem os enriquecím à custa do erário público. Borra isto até à madeira. Simplesmente considéra em que situaçón está o nosso estado, os serviços que prestei à comunidade e de onde logréi o favor é questón que non me atrevo a mencionar, non sexa motivo de invéxa. De maneira que se puxo de moda obrar mal impunemente, e obrar bem, non é possíbel sem castigo.” Catón compuxo esta peça oratória, notabelmente viva, enxenhosa e irónica, quando tinha setenta anos, sobre o 164 a. C., é dizer, na época de apoxeo de Terencio, e resulta proveitosa unha comparaçón e contraste dos seus estilos. Catón estaba entre os primeiros em conservar “codicilli” que recolhíam os textos dos seus discursos. Por razóns professionais, como mostra este extracto. Na década do 160 tería unha considerábel biblioteca. Cicerón informa que revisou alguns dos seus discursos na velhice, e servíu-se de alguns nos seus “Origines”. Non está claro, como, quando e em que sentido se publicarom e circularom os discursos de Catón depois da sua morte, mas tivérom interésse para um público potencialmente âmplo, como testamento político, como fonte histórica e como peças oratórias. Assim, sem propô-lo, Catón fixo da oratoria um xénero literário, como Demóstenes o tinha feito em Atenas: os seus discursos podem estudar-se detalhadamente como exemplos no ensino da arte da retórica e valorar-se polos expertos, políticos e professores. “É necessário que todos disfrutem igualmente da xustiça, da lei, da liberdade e da constituiçón: da glória e da honra, como cada um o tenha ganhado.”
E. J. KENNEY E W. V. CLAUSEN (EDS.)