
A Humboldt non lhe escapa o tipo de remédio que sería preciso aplicar para restaurar aquilo que todos os senhores Peel das colónias tinham deixado esquecido nas suas metrôpoles: (…) “Na verdade o remédio foi violento…”, pois para queimar os bananais foi necessário desaloxar a populaçón, limpar o terreno, exterminar os indíxenas demasiado teimosos para abandonar os antepassados que residiam nos cemitérios, criar, em suma, um exército de mendigos que non tenham onde cair mortos. Este pressuposto tán “natural” da lei da oferta e da procura de trabalho consiste, pura e simplesmente, nunha matança. É de acordo com este tipo de consideraçóns, que Marx afirma que Wakefield descobríu nas colónias o segredo em que consiste a produçón capitalista da metrópole: “O modo capitalista de produçón e de acumulaçón e, por conseguinte, também a propriedade privada capitalista, pressupón o aniquilamento da propriedade privada que se funda no trabalho próprio, isto é, a expropriaçón do trabalhador”. Non há capitalismo sem unha “expropriaçón” (inevitabelmente violenta e “artificial”) das condiçóns xerais de trabalho de unha populaçón. Foi sempre necessário fazer algo parecido com “queimar os bananais”. Em suma: foi necessário xerar na populaçón unha “fame artificial”, que forçasse as pessoas a procurar o seu sustento no mercado de trabalho. Estas consideraçóns de Marx non apontam, pois, fundamentalmente, para unha explicaçón histórica do capitalismo. Tentam, sobretudo, revelar algo que se vê a olho nu nas colónias, mas que resultabam invisíbeis, por outro lado, na Inglaterra. Ou sexa, trata-se daquilo em que consiste o capitalismo: a essência do capital, a própria estructura capitalista.
CARLOS FERNÁNDEZ LIRIA