
Íbico, igual que Estesícoro, procede da Magna Grecia: nasceu em Regio e foi enterrado na mesma cidade, mas cambiou Occidente pola corte de Polícrates, tirano de Samos, entre o 533 e 522 a. C., aproximadamente. Non é seguro que escrebera monodia. Foi conhecido como compositor de poemas narrativos com os mesmos temas e no mesmo estilo de Estesícoro, e o longo fragmento em papiro que lhe é atribuido (282a) tem a estructura triádica da poesía coral. Mas a natureza fortemente pessoal e erótica dos seus fragmentos mais conhecidos (286, 287) e o feito de que o companheiro de íbico em Samos fora Anacreonte, a maior parte de cuxa obra é monódica, deixa lugar à possibilidade de que parte da sua obra fora para executar em solo. O fragmento 286 pode considerar-se como unha reelaboraçón da comparaçón de Safo do amor com um vento de grande forza:
“Em primavera, os marmelos regados polas aguas correntes dos regatos, alí no xardím intácto das Virxens florecen, e rebrotan e crecen os cachos debaixo dos talos umbrosos dos pâmpanos. Mas conmigo o amor non descansa em ningunha estaçón, senón que, como o trácio Bóreas inflamado polo raio, precipita-se desde a casa de Cipris com abrasadores delirios, tenebroso e impertérrito axita com forza desde a raíz o meu corazón.”
Íbico contrasta a regularidade estacional da natureza com o seu amor omnipresente que non conhece estaçóns, e pôm ademais em contraste a tranquilidade da natureza, que ilustra com a repetida aliteraçón vocálica dos seis primeiros versos, e a dureza do ataque do amor. Resulta adequada a imáxe de que o amor “non descansa” en ningunha data. Ao descreber o vento do amor, íbico intercala os seus epitectos: “obscuro”, suxerindo as nubes arrastadas polo vento, mentras que “desvergonhado”, refére-se mais bem a um Amor personificado por Cipris. A imaxinaría do fragmento 287 resulta igualmente chocante:
“Outra vez Eros me mira com lânguidos olhos debaixo dos seus párpados azuis, e com múltiples feitiços me lança nas redes inmensas de Cipris. Tremo na verdade quando se acerca, como um cabalo de carreiras ganhador de trofeios antâno que, em torno da velhice, volta renuênte a competir com os carros veloces.”
A metáfora da caza na qual Eros conduce à presa às redes de Afrodita vai seguida suavemente pola imáxem da carreira de cabalos, e há tanto “humor” como “pathos” na descripçón do cabalo velho, victorioso em dias passados, mas agora renuênte para a competiçón.
P. E. EASTERLING E B. M. W. KNOX (EDS.)