
Por outro lado, o protagonismo que a ciência e as suas aplicaçóns técnicas estabam a adquirir tinha unha orixem social e claramente práctica. O desenvolvimento das cidades obrigava a encontrar soluçóns para os problemas levantados pola construçón de prédios, o mobiliário ou a canalizaçón de água corrente, isto é, as necessidades humanas que os ingleses designarám como “confort”. Exemplo disso é a indústria do mobiliário em que os carpinteiros vam abandonando a elaboraçón dos móveis aristocráticos em favor de outros mais “confortábeis”; assim, os artesáns experimentam e procuram ferramentas de trabalho mais modernas. Também aparecem novas substâncias no mundo da farmacopeia e, graças à anatomia, os progressos em medicina e cirurxía som relevantes, criam-se escolas de cirurxía em Londres, Edimburgo e Berlim. Todos estes progressos derom orixem a um clima favorábel às descobertas científicas, e a ciência começou a ter interesse social. A astronomia, que permitia um melhor conhecimento do céu, tornou-se essencial para o comércio marítimo. A ciência estaba de moda e o progresso industrial, em andamento. A presença social da ciência institucionalizou-se e, em 1645, foi criáda a Royal Society de Londres para a promoçón dos conhecimentos naturais. Nasceu da vontade de coordenar as investigaçóns e conciliar os esforços dos filósofos orientados para o mundo e dos amantes das ciências, com o propósito de divulgar os avanços nos diferentes âmbitos do conhecimento científico. Apenas a experimentaçón representa a autoridade, e acerca dos factos e respectivas probas, dizia Newton, non se pode discutir. E Berkeley? A peripécia do nosso autor no mundo da ciência é insólita. No “Tratado sobre os Princípios do Conhecimento Humano” e em “O Analista”, tentou refutar Newton, atacando a sua proposta de cálculo e os seus conceitos fundamentais da filosofia natural, como o movimento, o espaço e o tempo. Escreveu igualmente unha obra “De Motu”, acerca do movimento e das suas causas, e, no final da sua vida, imiscuiu-se no campo da química e da medicina ao publicar “Siris”, um ensaio dedicado a eloxiar as propriedades benéficas da água de alcatrón. Nada foi alheio a Berkeley, muito menos a matemática, a física ou a química.
LUIS ALFONSO IGLESIAS HUELGA