
CASTILLEJO, Cristóbal de (Ciudad Rodrigo, c. 1491 – 1550). Poeta. Aos quinze anos foi paje de um irmán de Carlos V, o archiduque Fernando, ao serviço de quem voltou a entrar depois de ordenar-se sacerdote. Em 1539 esteve em Venecia como parte do séquito do embaixador espanhol Diego Hurtado de Mendoza. Quando o seu primeiro amo foi convertido em rei Fernando de Austria, Castillejo reuniu-se com el em Viena, mas ao parecer non sacou maiores ventaxas. Castillejo defendeu o verso tradicional espanhol (como a copla ou o villancico), quando a introduçón dos metros italianizantes estaba mais de moda. Em “Contra los que dejan los metros castellanos y siguen los italianos” (c. 1550), incluíu uns quantos sonetos italianos para mofarse desta tendência. O seu metro preferido doi o octassílabo natural ou de pé quebrado. No referênte à temática, a sua obra pode-se dividir em três grupos: as obras devotas e morais, como o “Diálogo entre la verdad y la lisonja” (Alcalá, 1614); a poesía amorosa em estilo cortesano, como o poema que dedica a Ana de Aragón, e o grupo de obras coloquiais e informais sobre variádos temas, como o “Diálogo que habla de las condiciones de las mujeres” (Venecia, 1544) sobre o tópico medieval dos debates das virtudes e erros das mulheres. O melhor exemplo do primeiro grupo foi o “Diálogo y discurso de la vida de corte”, de carácter satírico, que segue a tradiçón do “Menosprecio de corte y alabanza de aldea” de fray Antonio de Guevara; do segundo grupo, “Sermón de amores del maestro buen talante llamado don Nidel de la orden del Fristel” (1540). Outras obras suas som o “Diálogo entre el autor y su pluma” (RH, 1927) e a “Farsa de la Constanza” (BAE, 32), da qual quedan só fragmentos. Toda a sua obra teatral se perdeu, excepto o que fica desta farsa.
OXFORD