
A cidade mais bela do mundo. Non só na opinión de García Márquez, é a mais bela do mundo, isto durante os anos cinquenta. Com o seu aroma embriagador de Guayaba, unha década mais tarde, continuaba Gabriel e muitos mais albergando a mesma opinión, apesar das também abundantes malas línguas, que xá começabam a dizer que estaba muito estragada. Nos anos setenta, voltou a repetir que a capital cubana era a sua cidade favorita. A mim, também me parece, mas non poido ser imparcial, porque a amo demasiádo. A melhor vista sobre a cidade é desde o mar, vê-la emerxer das águas, como unha espécie de Afrodita magnífica em todos os sentidos. Pandémos e Uranêa ao mesmo tempo. Quêm non poida por mar, que a contemple desde a “Punta del Morro” para poder ademirar a sua harmonia.

Lugares perfeitos para saborear a vista, som “El Mirador” ou o restaurante “La Divina Pastora”, durante unha hora na qual o Sol non extêxa demasiádo alto no horizonte. “El Mirador” é probabelmente a terraza mais agradábel da cidade, do outro lado da bahía e com unha fermosa vista do “Malecon” e da “Habana Velha”. “La Divina Pastora” com a sua formidábel terraza sobre a cidade, especializado em peixes e mariscos e um menú de comida criolha bastânte bom. A cidade das columnas, as ruas da “Cidade Velha”, os edifícios coloniais, “El Malecon” unha das partes máxicas da cidade (onde foi colocada a artilharia antiaerea, durante a crise de Outubro), e a música de fama mundial “sabrosa” de rítmos. O “Castillo del Morro”, do outro lado da cidade, fortaleza que defendia a chamada “Perla del Caribe” de tantíssimos piratas de fora e de dentro. A “Niña mimada” das espanhas, e também o seu grande desgosto (El desastre), quando foi vendida pelo seu goberno em 1898, e que tanto lamentariam os da xeraçón do 98. Com ela perdemos muito mais que unha cidade, rica e próspera, era um paraíso para os emigrantes.

Polos anos cinquenta “La Habana”, era unha das cidades mais belas do mundo, basta com visitar “El Vedado” ou “Miramar” para ter unha ideia do que foi. A beleza acumula-se, desordenadamente, entre a decadência e a pobreza. Ruas e praças orixinais, fortalezas amuralhadas, igrexas barrocas e mansións com pátios de columnas… mais de cento quarenta edifícios dos séculos XVI e XVII, mais de ducentos do século XVIII, e até mil setecentos oitenta monumentos de interesse histórico-artístico, dos quais se restaurou pouco mais de um centenar. La Habana, é o melhor conxunto monumental de Hispanoamérica. Belas mulatas, turistas e vendedores de tudo, animam as ruas da “Habana Velha”, onde comerciantes prosperabam e vicerreis ricos construiam fermosos palácios, mansións e calzadas. Existe um proxecto de restauraçón muito ambicioso, que é fundamental para a “Cidade Velha”, e que está a ser levado por historiadores, arqueólogos, e arquitectos (¡¡cuidado com todos eles!!), que pretendem recuperar os edifícios destartaládos e devolver-lhes todo o seu encanto orixinal. É um proxecto radial, que começou pola “Plaza de Armas” e vai pouco a pouco avançando. Com o tempo, esta parte da cidade podería voltar a ser impressionante, mas inclúso na actualidade, com o destrozada que está, conserva o seu sabor.

Os postos de venda, os músicos, a xente dançando em cada esquina, dán um encanto especial. A Habana dos anos cinquenta, pola qual muitos sentem nostalxía, a ruleta do Casino roda sem parar e o Tropicana vive os seus melhores dias, mentras Al Pacino e El padrino Corleone se entrevistam com o dictador Batista, decidido a convertir a capital cubana, no maior centro de xogo, vício e diversón do Caribe. Os “amigos” americanos invadem esta cidade sensual, rebosante de rítmos e vitalidade. Os mafiosos aloxam-se no Capri, bebem no Floridita e recorrem o Malecón nos seus “Cadillac”. Na noite velha de 1958, Batista acaba de anunciar a sua escapada de Cuba. Acompanhado dos seus mafiosos, que colhem a caixa-rexistradora e embarcam nas suas naves, ráudos e velóces, mas, non obstânte manterám a ilha cercada durante décadas, impedindo ferreamente o seu desarrolho. A xente corre polas ruas desenfreáda, e começam a aparecer muitos cubanos vestidos com os cortinádos dos hoteis de luxo. Os partidários de Fidel, celebram a caída da dictadura imperialista. Outros aterrados, intentam escapar do país. A cidade transpira romântismo e paixón. As luces “Del Prado” nunca se apagabam e había probabilidades de passar os melhores anos da vida, afirmaba a propaganda.

“A Habana maquillada”, muitas vezes, para as suas intervençóns estelares no cinêma. Como unha velha dama do espectáculo, resultaba unha excelente estrela: bela, sensual e decadente. Leva impresas na pel velha dos seus prédios as marcas do tempo, mas mascára-se de brilhantes côres, para disimular os anos e os maus tragos. A sua história, resulta por si mesma unha das mais apaixonantes loucuras contemporâneas: Descoberta, Colônia, prantaçóns, luxo, corrupçón, Revoluçón e Resistência… Tudo baixo o céu luminoso de um Caribe de actores excepcionais: os habaneros, ruidosos, vividores, fedonistas e com um humor incombustíbel. Pode ser a Habana do cinêma, das nostalxías, da “Bodeguita del Medio”. A “Habana velha”, colonial, imperecedeira e sempre bela, entre pátios de columnas, praças, igrexas e mansións. E, a “Habana da Revoluçón” e do presente, que luta por resistir contra o monstro americano, mas que recebe de máns abertas, um turista cheio de euros, que a maior parte das vezes non o merece.

As “Palmeras de Miramar”. Palmeiras e mangueiras, sombream as elegantes avenidas do bairro de Miramar, nas suas mansóns, viveron ministros, Senhores do Tabaco, o azúcar e o ron. Hoxe podem-se encontrar as melhores tendas e restaurantes da capital cubana. Em Miramar fica um dos melhores (para muitos o melhor) restaurante da cidade. “O Tocororo”, está situádo num chalet do bairro residêncial, com agradábel e fresca decoraçón vexetal, e polas noites um piano ameniza a velada.

As bicicletas, som o melhor meio de trasladar-se dentro da cidade, e xa formam parte da sua paisáxe urbana. Os bairros da “Habana-Centro”, “El Vedado”, “El Paseo del Prado”, mantenhem a sua descolorida elegância e as mansóns neoclássicas, pintadas de côres pastel e os hoteis emblemáticos como o Plaza. Muito perto está o “Floridita”, santuário da nostalxía pré-rrevolucionária. “El Floridita”, fundado há mais de cento cinquenta anos, está perto da Catedral, e é ademais de um bar exclusivo, um dos melhores restaurantes da cidade especializado em marisco. Elevado à categoria de mito, o seu âmbiente intenta permanecer nos anos cinquenta.

“El Tropicana”, famoso Cabaret de fama mundial, situádo debaixo de unha grande arboreda. Um sente os aromas da fronde tropical e as semêntes das xinxeiras bravas, desprendem-se sobre as nossas cabeças priviléxiadas. Foi casino antes da “Revoluçión”, e apresenta um grande espectáculo, inspirado na música cubana, em que participam centos de artistas. Sendo um dos orgulhos nacionais.

“La Bodeguita del Medio”, bohémia e familiar, é a taberna criolha mais famosa de Cuba. Todos os turistas bebem “mojitos”. Mas também oferta comida criolha, que permaneceu invariábel desde que abríu as suas portas alá polos anos trinta (com preços moderados).

“La Maison”, no pátio-xardím desta selecta vivenda, todas as noites, sobre as nove há desfiles de modelos, depois de comer. Nos quais, o menos interesante som os trápos, mas sim a formidábel mostra de mestizáxe femenino, que torna completamente loucos a todos os turistas, e enseguida começam a fazer declaraçóns e agradecimentos desmesurados e carentes de pudor.

Mais alá, estênde-se “El Vedado”, com encantadoras vilas de estuco (hoxe quase ruínas), rodeadas por frondosos xardins tropicais, que forom nos seus dias mansóns da burguesía do azúcar e do tabaco. Hoxe reconvertidas em vivendas, restaurantes para turistas ou sédes de empressas cubanas. “La Rampa”, no Vedado, onde o relóxio quedou parado nos “felices 50”. Os “cadillac” cromados, tripudos e desvencelhados, som os mesmos que esquecerom os Yanquis na sua escafedida, reparados unha e mil vezes. Os edifícios ministeriais parecem de inspiraçón soviética, ainda que na verdade, forom mandados construir por Baptista.

Nos últimos trinta anos a poboaçón da cidade multiplicou-se por dous, e as novas vivendas também. Aquí, existe teoricamente igualdade e unha única classe social, mas há duas formas de vida, bastânte diferênciádas: a do turista e a do cubano. Para o turista, tudo é possíbel, non existem restriçóns e nada parece suficiente. É um dos grandes proveedores das divisas que o país necessita para as suas emerxências. Para o cubano, que vive agora baixo o “Período Especial”, cada dia pode ser unha aventura. Mas as dificuldades non podem com um cubano. Non se trata só de unha convicçón política, que os empurra para resistir, senón de unha forma de ser, de um sentido fedonista da vida, que lhes permite sacar alegría das situaçóns mais dramáticas, axudar-se em todo momento, dançar na rua e disfrutar da conversa e do passeio.

De África herdarom a sua mais profunda espiritualidade, ademais de um sentido do rítmo inconfundíbel. Do outro lado da bahía, em Guanabacoa está a outra cara da cidade. Alí, practica-se massivamente o santeirismo. Meio milhón de escrávos africanos, mantivéron durante quatro séculos as essências do seu crédo, misturadas com o catolicismo popular. Os cubanos axoelham-se diante dos santos católicos, mas rezam aos seus “orishas” africanos.

Falar da Habana, dentro da tópica descripçón dos lugares, xentes e costûmes, de um conglomerado de casas e ruas, praças, monumentos e recovecos com história. Mas, para mim, a Habana é unha belissima mulata, que vem do cruce de muito antigas razas e civilizaçóns. Mas, por encima de tudo, unha orgulhosa dignidade da orixe, herdeira de unha cultura primitiva, tribal e igualitária. A Habana, non está para o egoismo, mas para a solidariedade fraternal. A sua verdadeira beleza está no espírito, na forza da música que, quando cala também canta, e até quando dorme dança. Na forza de um aguaceiro, na fúria de um vendaval.

Ainda acredita na fé dos seus ancestros e no poder de antigas divindades. Cheira a cana de azúcar, a tabaco e a rón. E ó cheiro que desprendem as sereias, quando dormen à luz da lua, cercadas por um mar de tantíssimos piratas.
LÉRIA CULTURAL
