
No tempo das cereixas maduras, fixem um pouco de vinho delas, e como o puxem nunha garrafa pechada durante um mês, resultou num cúmulo de calamidades. O dia oito de Xulho, antes de comer, sobre as duas e meia da tarde, probei apenas meio dedal. E, acto seguído, começou-me a fazer efeito, com tal condiçón que se me subíu à cabeça dunha maneira semelhante ao romeo da páxina 139, mas muito mais perigosa. Afectou-me o organismo interno de tal modo, que me faltaba o aire quase de todo, e quedando-me várias maleitas que puidérom chegar a ser mortais de necessidade. Hoxe, treze de Agosto, ainda padeço os síntomas, dos quais darei detalhes mais adiante. Sucesso do dez de Xulho de 1920 (Sábado). Fún-me deitar, mas, acto seguído, inesperadamente, unha ideia “cogitacionem carnalem que copulan quam e Coladera”, unha ideia fixa e firme, que me resultaba impossíbel destituir. Dei voltas e revoltas, e non puidem dormir “. “Usque facit” P. O caso é que, me convinha levantar cedo para ir à misa, mas acabei dormindo todo o dia, até bem entrado o Domingo. Depois, fún a Pontareas, onde tivem a notícia da morte do Sr. Caetano (Q.D.E.P.). O dia trinta e um de Xulho de 1920 (Sábado), vinha Antonio da Caldereta de Ponte, e falou-me que fora por unhas peras a Uma. Calhou-me vir de volta com Maria Rosa da Costa, e quedei com ela de ir ao Senhor de Guillade, mas tivem unha zaragata com Pintos. Á noite sonhei com a sua nái o seguinte: “Tu non vaias à Costa, porque andam enrriba dela para a deshonrar”. O dia dez, festa em S. Lourenzo de Oliveira, vinhem com Manuel da Sorda que estaba nunha tenda comprando unha libra de azúcar e deu-ma, e eu dei-lhe um peso de prata. O doze de Agosto de 1920, meteu-se-me na cabeça ir a Mondariz, cheguei ainda de noite, e tán pronto arribei, o galo saltou da capoeira e cantou!
MANUEL CALVIÑO SOUTO
Brutal!!!