
Os primeiros vaxidos da prosa românce. Ainda que, como temos visto, non podem dar-se datas precisas para as primeiras manifestaçóns da lírica ou da épica, está fora de dúvida que estes dous xéneros precederom com muito à apariçón da prosa romance escrita, cuxos primeiros testemunhos non se apresentam até começos do século XIII e non debem ser anteriores ao reinado de San Fernando. Até esta centúria, tanto os documentos -oficiais ou privados- como as histórias, as leis, os libros de relixión e de moral e os doutrinais de qualquer espécie, continuam redactando-se em latím, pois à fala romance non se lhe reconhece todavía categoría ou qualidade para essa espécie de escritos. Advírta-se também que, aparte deste problema da dignidade literária da fala vulgar -non considerado teóricamente até entón senón como unha xérga bárbara para a comunicaçón familiar e usos mais triviais da vida ordinária-, o nascente românce carecía em si mesmo de possibilidades para ser utilizado na prosa literária, tanto pola sua rixidez sintáctica como pola escasez do vocabulário e a confusa diversidade própria de unha fala ainda non submetída a ningunha disciplina. Por tudo isto o latím, ainda que em extrema corrupçón, seguia sendo o instrumento único da prosa escrita. Non obstânte, por entre os fios daquela capa artificiosa do latím oficial, filtrába-se a realidade do românce falado. Frequentemente escapabam palabras da fala vulgar, bem por inadvertênça do escritor, bem pola necessidade de designar novas realidades, desconhecidas no idioma clássico. Outras vezes, sobre os mesmos documentos latinos, alguém anotaba a traduçón vulgar de certos vocábulos, à maneira como os estudantes em todo tempo “ilustram”, para aclarar os textos. As referidas “ilustraçóns” também se chamam “glosas”. Mediante o estudo destes elementais testemunhos, púderom os erudictos reconstruir o que foi o românce faládo até ao momento da apariçón dos primeiros monumentos literários conhecidos; e neste sentido som inapreçábeis. Mas, claro está, tán rudimentárias manifestaçóns da prosa escrita nunca tivérom pretensóns literárias, e nem sequer chegam, na maioria dos casos, a constituir frases completas. Só em duas ocasións o texto românce adxunto alcanza a ter unha certa estructura: som as “Glosas Emilianenses” e “Silenses”, assim chamadas polos mosteiros -de San Millán e de Silos- onde forom encontradas. Unhas e outras conrrespondem, segundo a opinión de Menéndez Pidal, ao século X, e están consideradas como a primeira manifestaçón escrita da prosa castelán; “primer vagido de la lengua” as denomina com muito graciosa exactitude -e maior propiedade- Dámaso Alonso. “Primer vagido” tanto polo seu carácter balbuciante, como porque precedem, em efeito, aos mesmos monumentos da épica e da lírica mais antigos que conhecemos de momento.
J. L. ALBORG