CASTELNUOVO, Elías (Montevideo, 1893). Escritor arxentino muito estimado polas suas narraçóns breves, num estilo que recorda o de Máximo Gorki. Os seus contos aparecerom em revistas diversas durante os anos vinte; mostras da sua obra aparecerom na antoloxía “Los nuevos” ao lado de Mariani, Yunque, Barletta, Amorim, Cendoya e Pinetta. Nas suas “Notas de un literato naturalista” (1923) admite a influênça que Zola exercéu sobre a sua narrativa. Materialista e inclinádo a mostrar o lado triste da vida, revela ao mesmo tempo unha grande piedade para com os mais marxinádos: os leprosos, os mendigos e os loucos. Despréça aos que, tendo mais, sentem só despreço por estes seres. Escrebeu “Tinieblas” (1924), “Entre los muertos” (1925), “Carne de cañón” (1926), “Calvario” (1929), “Malditos” e “Larvas” (ambos de 1931), este último sobre a delinquência xuvenil e a brutalidade policíaca que xera maior violência. Escrebeu unha obra de teatro, “La noria” (c. 1940).
CASTELAR, Emilio (Cádiz, 1832 – 1899). Ensaista e novelista. Político republicano que satirizou num artígo a rainha Isabel II. Fundador do xornal diário “La Democracia” em 1864. Foi condenado à morte em 1865, mas logrou escapar para París, onde permaneceu até à revoluçón do sessenta e oito. Nomeádo presidente em 1874. Escrebeu várias novelas de menor valía, “Ernesto” (1855), “Alfonso (el Sabio)” (1856), “La hermana de la caridad” (1857), “Lucano” (1857), “Fra Filippo Lippi” (1877) e “Nerón” (1891). Castelar foi também um orador famoso. Os seus discursos deixárom unha impressón duradeira no partido republicano. Foi influênciádo por Hegel, Krause, Michelet, Renan, Victor Hugo e Clarín. As suas obras mais importântes dentro da linha histórica som “La civilización en los cinco primeros siglos del cristianismo” (1859), “La fórmula del progreso” (1867), “Tragedias de la historia” (1881) e “La revolución religiosa” (1880 – 1883). Azorín apreçaba muito as suas obras. Chegando a afirmar: “la prosa castellana es otra desde Castelar”. A sua autobiografía foi publicada em 1922.
CASO, Antonio (C. de México, 1883 – 1946). Filósofo mexicano e importânte intelectual. Foi secretário e fundador del “Ateneo de la Juventud” (1909) e reitor da Universidad de México (1920 – 1923). Caso fundou a Universidad Popular em 1913, que tinha a missón de dar educaçón às clásses mais desprotexídas da poboaçón. Foi bergsoniano. Escrebeu várias obras onde expón o seu pensamento. A mais representativa é “La existencia como economía, como desinterés y como caridad” (1919).
CASELLAS, Raimon (Barcelona, 1855 – 1910). Novelista e contista catalán. Calaborou em “L’Avenç” e foi redactor de “La Vanguardia” e de “La Veu de Catalunya”, cuxa secçón de arte dirixíu até ó seu suicidio em 1910, relacionado, ao parecer, com algúm incidente sufrido durante a “Semana Trágica de Barcelona”. Destacarom os seus estudos sobre pintura românica e gótica catalana e sobre escultura e pintura europeia moderna. Algúns destes trabalhos aparecem na compilaçón “Etapes estètiques” (1914, obra póstuma prologada por Eugeni d’Ors). Em quanto às suas obras literárias, sobresái a sua primeira novela, “Els sots ferèstecs” (1901), na qual através da figura de mosén Llàtzer simbolizou a luta do home civilizado enfrentado à natureza, e onde se combinam elementos naturalistas (como o realismo descríptivo) com rasgos próprios do modernismo (tratamento simbólico das personáxes: Bem = mosén Llàtzer; Mal = a prostituta Rodassoques). Em “Les multituds” (1905), o individuo desaparece integrado na massa, pola que Casellas sentía à vez fascinaçón e despreço característico dos modernistas. Pouco antes da sua morte publicou “Llibre d’històries” (1909), colecçón de reflexóns e anécdotas de menos interesse que as suas outras obras.
CASCALES, Francisco de (Fortuna, Murcia, 1564 – 1642). Historiador e crítico literário. Cascales lutou em Flandes e viaxou por França e polo sul de Itália, antes de estabelecerse como historiador oficial de Murcia. Como tal publicou “Discurso de la ciudad de Cartagena” (Valencia, 1598) e “Discursos históricos de la ciudad de Murcia” (Murcia, 1621; 1874). Como crítico e humanista obteve reconhecimento de Saavedra Fajardo e Carrillo y Sotomayor. A sua inconclusa “Epopeya del Cid” resulta bastânte desafortunada. O seu diálogo, “Tablas poéticas” (Murcia, 1617; 1779) e a antoloxía “Florilegium artis versificatoriae” (Valencia, 1639) quedarom ensombrecidas, a pesar do seu valor, polas “Cartas filológicas” (Murcia, 1638; 1779), estudo erudícto onde ataca a Góngora.
CASALDUERO, Joaquín (Barcelona, 1913). Crítico literário e historiador. Foi professor de várias universidades nacionais e extranxeiras. A sua “Contribución al estudio del tema de don Juan en el teatro español” (Northampton, 1938; 1975), colocou-o como um dos críticos literários mais orixinais, mas foi como investigador da obra cervantina que destacou mais. Nesta linha publicou, entre outros estudos, “Sentido y forma de las “Novelas ejemplares” (Buenos Aires, 1943), “Sentido y forma de “Los trabajos de Persiles y Segismunda” (Buenos Aires, 1947), “Sentido y forma del “Quijote” (1949 ) e “Sentido y forma del teatro de Cervantes” (1951). Escrebeu também “Vida y obra de Galdós” (Buenos Aires, (1943), “Jorge Guillén”, “Cántico” (Santiago de Chile, 1946), “Espronceda” (1961), “Estudios sobre el teatro español” (1962) e “Estudios sobre literatura española” (1962).
CASAL, Julio J. (Montevideo, 1889 – 1954). Poeta uruguayo. Pasou muitos anos da sua vida em Espanha, como diplomático, onde publicou a sua revista “Alfar” (que continuou publicando em Montevideo a partir de 1910). Também publicou na Espanha os seus primeiros libros: “Regrets”, “Allá lejos” (Ambos de 1913), “Cielos y llanuras” (1914), “Nuevos horizontes” (1921), “Huerto maternal” (1921), “Humildad” (1922), “Cincuenta y seis poemas” (1923), “Árbol” (1925) e “Poemas” (1926). Os seus libros seguintes, abandonan xá a corrente modernista para voltar-se sérios e meditativos, às vezes até um pouco pesados: “Colina de la música” (1933), “Cuaderno de otoño” (Buenos Aires, 1947), “Recuerdo de cielo” (1949) e o póstumamente publicado, “Distante álamo” (1956). “En Poesía” (1964) apareceu unha selecçón da sua obra.
CASAL, Julián del (La Habana, 1863 – 1893 ). Poeta modernista cubano influído por Gautier, Baudelaire, Zorrilla e Bécquer. Abandonou os seus estudos universitários, quando a família perdeu o seu pequeno enxenho azucareiro e entrou a trabalhar como um modesto oficinista. Com unha saúde precária, morreu de tuberculose. Previamente había perdido o emprego a causa dos seus artígos xornalísticos (que firmaba como “El Conde de Camors”), nos quais atacaba ao chefe do goberno espanhol na ilha, ainda por entón colonia espanhola. Preferíu a beleza da arte à da natureza. Como afirma em “La canción de la morfina”: “dicha artificial/ que es la vida verdadera”. “Hojas al viento” (1890) reúne poemas de corte neorromântico caracterizados por um amor e unha amargura sem esperanças. Nega que a perfeiçón da arte possa existir nas vidas humanas e o seu estilo é refinado e exótico. “Nieve” (1892, ed. ampl. México, 1893) alcanza grande plasticidade e realismo. Combina o simbolismo com o parnasianismo, que naquela época se considerabam excluíntes, e de ahí surxe a orixinalidade. “Bustos y rimas” (1893) foi publicada depois da sua morte; pode ser comparado a algunha obra de Darío pelo seu modernismo renovador de formas poéticas. Esta renovaçón levou-a a cabo num âmbiente totalmente hostil. As suas “Poesías completas” (1945), editadas por M. Cabrera, forom superadas pola nova ediçón de 1963, publicada como “Poesías”. A sua prosa inclúie “Bustos, La sociedad habanera (1888), cuentos, crítica literária impresionista y Crónicas habaneras” (Las Villas, 1963). A sua obra em prosa apareceu na Habana (1963 – 1964, 3 vols.).
CASACCIA, Gabriel (1907 – 1980). Novelista paraguayo considerado o mais importânte escritor da sua xeraçón. A sua primeira novela foi “Hombres mujeres y fantoches” (1930), que prefigura a exploraçón naturalista e costumbrista da peça teatral “El bandolero” (1932), os contos reunidos “El guahú” e “El pozo” (ambas de 1938) e a novela “Mario Pareda” (1940). A sua melhor obra é “La babosa” (1952), novela joyciana situada na cidade de Aregúa, perto de Asunción, que na realidade é a principal protagonista. Cada personáxe aparece como unha das voces da cidade: Ramón Fleitas, escritor fracassado, dipsómano e xogador; a sua criáda e concubina, Paulina, e as irmáns Ángela e Clara. Publicou mais tarde “La llaga” (1963), que ganhou um prémio na Arxentina, e “Los exiliados” (1966), situada nunha cidade da fronteira com a Arxentina, onde se refuxíam uns exiliados paraguayos.
A cidade mais bela do mundo. Non só na opinión de García Márquez, é a mais bela do mundo, isto durante os anos cinquenta. Com o seu aroma embriagador de Guayaba, unha década mais tarde, continuaba Gabriel e muitos mais albergando a mesma opinión, apesar das também abundantes malas línguas, que xá começabam a dizer que estaba muito estragada. Nos anos setenta, voltou a repetir que a capital cubana era a sua cidade favorita. A mim, também me parece, mas non poido ser imparcial, porque a amo demasiádo. A melhor vista sobre a cidade é desde o mar, vê-la emerxer das águas, como unha espécie de Afrodita magnífica em todos os sentidos. Pandémos e Uranêa ao mesmo tempo. Quêm non poida por mar, que a contemple desde a “Punta del Morro” para poder ademirar a sua harmonia.
Lugares perfeitos para saborear a vista, som “El Mirador” ou o restaurante “La Divina Pastora”, durante unha hora na qual o Sol non extêxa demasiádo alto no horizonte. “El Mirador” é probabelmente a terraza mais agradábel da cidade, do outro lado da bahía e com unha fermosa vista do “Malecon” e da “Habana Velha”. “La Divina Pastora” com a sua formidábel terraza sobre a cidade, especializado em peixes e mariscos e um menú de comida criolha bastânte bom. A cidade das columnas, as ruas da “Cidade Velha”, os edifícios coloniais, “El Malecon” unha das partes máxicas da cidade (onde foi colocada a artilharia antiaerea, durante a crise de Outubro), e a música de fama mundial “sabrosa” de rítmos. O “Castillo del Morro”, do outro lado da cidade, fortaleza que defendia a chamada “Perla del Caribe” de tantíssimos piratas de fora e de dentro. A “Niña mimada” das espanhas, e também o seu grande desgosto (El desastre), quando foi vendida pelo seu goberno em 1898, e que tanto lamentariam os da xeraçón do 98. Com ela perdemos muito mais que unha cidade, rica e próspera, era um paraíso para os emigrantes.
Polos anos cinquenta “La Habana”, era unha das cidades mais belas do mundo, basta com visitar “El Vedado” ou “Miramar” para ter unha ideia do que foi. A beleza acumula-se, desordenadamente, entre a decadência e a pobreza. Ruas e praças orixinais, fortalezas amuralhadas, igrexas barrocas e mansións com pátios de columnas… mais de cento quarenta edifícios dos séculos XVI e XVII, mais de ducentos do século XVIII, e até mil setecentos oitenta monumentos de interesse histórico-artístico, dos quais se restaurou pouco mais de um centenar. La Habana, é o melhor conxunto monumental de Hispanoamérica. Belas mulatas, turistas e vendedores de tudo, animam as ruas da “Habana Velha”, onde comerciantes prosperabam e vicerreis ricos construiam fermosos palácios, mansións e calzadas. Existe um proxecto de restauraçón muito ambicioso, que é fundamental para a “Cidade Velha”, e que está a ser levado por historiadores, arqueólogos, e arquitectos (¡¡cuidado com todos eles!!), que pretendem recuperar os edifícios destartaládos e devolver-lhes todo o seu encanto orixinal. É um proxecto radial, que começou pola “Plaza de Armas” e vai pouco a pouco avançando. Com o tempo, esta parte da cidade podería voltar a ser impressionante, mas inclúso na actualidade, com o destrozada que está, conserva o seu sabor.
Os postos de venda, os músicos, a xente dançando em cada esquina, dán um encanto especial. A Habana dos anos cinquenta, pola qual muitos sentem nostalxía, a ruleta do Casino roda sem parar e o Tropicana vive os seus melhores dias, mentras Al Pacino e El padrino Corleone se entrevistam com o dictador Batista, decidido a convertir a capital cubana, no maior centro de xogo, vício e diversón do Caribe. Os “amigos” americanos invadem esta cidade sensual, rebosante de rítmos e vitalidade. Os mafiosos aloxam-se no Capri, bebem no Floridita e recorrem o Malecón nos seus “Cadillac”. Na noite velha de 1958, Batista acaba de anunciar a sua escapada de Cuba. Acompanhado dos seus mafiosos, que colhem a caixa-rexistradora e embarcam nas suas naves, ráudos e velóces, mas, non obstânte manterám a ilha cercada durante décadas, impedindo ferreamente o seu desarrolho. A xente corre polas ruas desenfreáda, e começam a aparecer muitos cubanos vestidos com os cortinádos dos hoteis de luxo. Os partidários de Fidel, celebram a caída da dictadura imperialista. Outros aterrados, intentam escapar do país. A cidade transpira romântismo e paixón. As luces “Del Prado” nunca se apagabam e había probabilidades de passar os melhores anos da vida, afirmaba a propaganda.
“A Habana maquillada”, muitas vezes, para as suas intervençóns estelares no cinêma. Como unha velha dama do espectáculo, resultaba unha excelente estrela: bela, sensual e decadente. Leva impresas na pel velha dos seus prédios as marcas do tempo, mas mascára-se de brilhantes côres, para disimular os anos e os maus tragos. A sua história, resulta por si mesma unha das mais apaixonantes loucuras contemporâneas: Descoberta, Colônia, prantaçóns, luxo, corrupçón, Revoluçón e Resistência… Tudo baixo o céu luminoso de um Caribe de actores excepcionais: os habaneros, ruidosos, vividores, fedonistas e com um humor incombustíbel. Pode ser a Habana do cinêma, das nostalxías, da “Bodeguita del Medio”. A “Habana velha”, colonial, imperecedeira e sempre bela, entre pátios de columnas, praças, igrexas e mansións. E, a “Habana da Revoluçón” e do presente, que luta por resistir contra o monstro americano, mas que recebe de máns abertas, um turista cheio de euros, que a maior parte das vezes non o merece.
As “Palmeras de Miramar”. Palmeiras e mangueiras, sombream as elegantes avenidas do bairro de Miramar, nas suas mansóns, viveron ministros, Senhores do Tabaco, o azúcar e o ron. Hoxe podem-se encontrar as melhores tendas e restaurantes da capital cubana. Em Miramar fica um dos melhores (para muitos o melhor) restaurante da cidade. “O Tocororo”, está situádo num chalet do bairro residêncial, com agradábel e fresca decoraçón vexetal, e polas noites um piano ameniza a velada.
As bicicletas, som o melhor meio de trasladar-se dentro da cidade, e xa formam parte da sua paisáxe urbana. Os bairros da “Habana-Centro”, “El Vedado”, “El Paseo del Prado”, mantenhem a sua descolorida elegância e as mansóns neoclássicas, pintadas de côres pastel e os hoteis emblemáticos como o Plaza. Muito perto está o “Floridita”, santuário da nostalxía pré-rrevolucionária. “El Floridita”, fundado há mais de cento cinquenta anos, está perto da Catedral, e é ademais de um bar exclusivo, um dos melhores restaurantes da cidade especializado em marisco. Elevado à categoria de mito, o seu âmbiente intenta permanecer nos anos cinquenta.
“El Tropicana”, famoso Cabaret de fama mundial, situádo debaixo de unha grande arboreda. Um sente os aromas da fronde tropical e as semêntes das xinxeiras bravas, desprendem-se sobre as nossas cabeças priviléxiadas. Foi casino antes da “Revoluçión”, e apresenta um grande espectáculo, inspirado na música cubana, em que participam centos de artistas. Sendo um dos orgulhos nacionais.
“La Bodeguita del Medio”, bohémia e familiar, é a taberna criolha mais famosa de Cuba. Todos os turistas bebem “mojitos”. Mas também oferta comida criolha, que permaneceu invariábel desde que abríu as suas portas alá polos anos trinta (com preços moderados).
“La Maison”, no pátio-xardím desta selecta vivenda, todas as noites, sobre as nove há desfiles de modelos, depois de comer. Nos quais, o menos interesante som os trápos, mas sim a formidábel mostra de mestizáxe femenino, que torna completamente loucos a todos os turistas, e enseguida começam a fazer declaraçóns e agradecimentos desmesurados e carentes de pudor.
Mais alá, estênde-se “El Vedado”, com encantadoras vilas de estuco (hoxe quase ruínas), rodeadas por frondosos xardins tropicais, que forom nos seus dias mansóns da burguesía do azúcar e do tabaco. Hoxe reconvertidas em vivendas, restaurantes para turistas ou sédes de empressas cubanas. “La Rampa”, no Vedado, onde o relóxio quedou parado nos “felices 50”. Os “cadillac” cromados, tripudos e desvencelhados, som os mesmos que esquecerom os Yanquis na sua escafedida, reparados unha e mil vezes. Os edifícios ministeriais parecem de inspiraçón soviética, ainda que na verdade, forom mandados construir por Baptista.
Nos últimos trinta anos a poboaçón da cidade multiplicou-se por dous, e as novas vivendas também. Aquí, existe teoricamente igualdade e unha única classe social, mas há duas formas de vida, bastânte diferênciádas: a do turista e a do cubano. Para o turista, tudo é possíbel, non existem restriçóns e nada parece suficiente. É um dos grandes proveedores das divisas que o país necessita para as suas emerxências. Para o cubano, que vive agora baixo o “Período Especial”, cada dia pode ser unha aventura. Mas as dificuldades non podem com um cubano. Non se trata só de unha convicçón política, que os empurra para resistir, senón de unha forma de ser, de um sentido fedonista da vida, que lhes permite sacar alegría das situaçóns mais dramáticas, axudar-se em todo momento, dançar na rua e disfrutar da conversa e do passeio.
De África herdarom a sua mais profunda espiritualidade, ademais de um sentido do rítmo inconfundíbel. Do outro lado da bahía, em Guanabacoa está a outra cara da cidade. Alí, practica-se massivamente o santeirismo. Meio milhón de escrávos africanos, mantivéron durante quatro séculos as essências do seu crédo, misturadas com o catolicismo popular. Os cubanos axoelham-se diante dos santos católicos, mas rezam aos seus “orishas” africanos.
Falar da Habana, dentro da tópica descripçón dos lugares, xentes e costûmes, de um conglomerado de casas e ruas, praças, monumentos e recovecos com história. Mas, para mim, a Habana é unha belissima mulata, que vem do cruce de muito antigas razas e civilizaçóns. Mas, por encima de tudo, unha orgulhosa dignidade da orixe, herdeira de unha cultura primitiva, tribal e igualitária. A Habana, non está para o egoismo, mas para a solidariedade fraternal. A sua verdadeira beleza está no espírito, na forza da música que, quando cala também canta, e até quando dorme dança. Na forza de um aguaceiro, na fúria de um vendaval.
Ainda acredita na fé dos seus ancestros e no poder de antigas divindades. Cheira a cana de azúcar, a tabaco e a rón. E ó cheiro que desprendem as sereias, quando dormen à luz da lua, cercadas por um mar de tantíssimos piratas.
Isto, polo que concerne à natureza do meio externo. Também o grossor ou a delgadés, o tamanho grande ou pequeno, esta ou aquela figura do meio a través do qual se vê algo. Pois, ainda que non todas estas qualidades se encontrem no aire, non obstânte os meios artificiais modificam muito a cousa que se vê. Em verdade: um vidro grosso, mostra as cousas de diferente maneira que um delgado; um quadrado ou um redondo, de distinta maneira que um triangular; e um grande, que outro pequeno. Ponhem isto de releve os diversos modelos que se fabricam de cristal e vidro, a través dos quais podes ver as cousas dereitas ou invertidas, de unha ou outra côr, de unha ou outra figura; nunha palabra, distintas de como som. A água do mar, se o seu volûme é grande, parece de côr azul, e tínxe da mesma côr as cousas que están dentro del. Polo contrário, se é pequena, parece transparente. ¿Como acontecen estas cousas? Non o sabes! Eu tampouco!!
Dizque hai muitos anos, había unha rapacía mui ben guapa nun lugar da serra. Un día mandáronna lendar no gado no monte e condo estaba alí, viula el oso. Daquela el animalón quixo levala con el, pero ela negouse, así que el oso garroula e levoula para a súa cova. Cuidoula muito ben, pois cada día leváballe un pouco de mel, amoras e máis cousas para que non tivese fame ninguha, pero cada vez que el salía da cova, poía un penedo ben grandón delantre pra que ela non fuxise. En pasando delas horas, os pais da moza preocupáronse al veren que a filla non volvía para el lugar. Al outro día fixeron uha xunta todos os vecíos e saliron buscala, pero cansaron al cabo duns días e volveron para el lugar coas maos baleiras. Pasaron delos anos nos que todos pensaron que a rapaza morrera. Entrementres, a rapaza tevo un fillo que era metade oso e metade humano, al que chamou Xanín, e que estaba todo cuberto de pelos pardos como os osos e era tan forte como elos. Nin Xanín nin súa mai podían salir da cova, conque vivían alí metidíos sempre ambos delos sen saberen nada del que había por fóra. El oso vía dacondo con algo para comeren e lougo pechaba a porta coel penedo grandísimo. El rapacín, da que medraba, íase fendo máis e máis forte, até que un día tevo forza a esgalla para mover na pedroa que torgaba a porta e puderon salir el e súa mai. Da que corrían monte abaixo, víulos el oso e quixo perseguilos, pero xa elos estaban mui lonxe e non foi a garralos. A moza volveu para el sou lugar, mais como pasaran muitos anos xa ninguén se recordaba dela. Pero os sous pais acordáronse ben desque a viron e acolléronna muito ben. Lougo acenaron para el neno que parecía un oso e perguntáronlle á filla quen era aquel. Ela respondeulles: -Este é meu fillo. Chámase Xanín. -Pois semella un oso – dixeron os sous avolos. E dende aquela chamáronlle “Xanín-el-Oso”. Os vecíos da aldea xuntáronse pra iren á cova del oso. El animal, que estaba alí, sentiulos vir e antes de que puderan atrapalo, botou a correr monte enriba, logrando escapar dos vecíos por ben pouco. Xanín seguiu a medrar e houbo ir á escola, pero non se levaba cos compañeiros. Era muito máis forte que elos e estaba todo el día en agarradelas porque elos se rían del. Por eso, un día díxolle á súa mai: -Madre, eu hei marchar. Eu non podo vivir máis aquí onde todos me tein por un oso. A mai quedou ben atristallada, máis Xanín, que daquela xa era todo un mozo, marchou del lugar. Botou a andar al rebolón, até que uha mañá, da que cruzaba un bosque chen de árbores, atopou un homón que estaba sentado sobre un toro caído e tía toda a facha de ter muitísima forza. Xanín miroulo un pedazo. Comprobou que despois dun intre e estar sentado, el home ergueu-se e foi até el árbore máis próxima e arrincábala coa forza dos sous brazos. Díxolle lougo Xanín: -Bon día. ¿Como te chamas? -Chámanme Arrincapinos. -Eu son Xanín-el-Oso. ¿Queres vir comigo? -Está ben, eu xa tou ben chen deste traballo. E dende aquela, Xanín-el-Oso tevo a Arrincapinos como compañeiro. Andaron os dous durante algún tempo, e para volaren en cuartos fían os labores que os vecíos das vilas polas que pasaban lles encargaban, e elos faíannos de présa e ben. Nesas estaban, condo foron cruzar un río e atoparon un barqueiro que pasaba a xente duha ourela para el outra. Era un paisano mui ben forte que movía a barca toda chea de xente solo con empuxar dun pértigo que espetaba no fondo del río. Así faía a barca moverse. Falou Xanín con el: -¿Préstache el tou traballo? -Para nada. -Queres lougo, vir con nós que de seguro volamos en muitos máis cuartos faendo as xeiras que nos encarga a xente por aí? El barqueiro dixo que si e marchou con elos mui contento. Os tres foron fendo cuartos de vila en vila, até que chegarón onde vivía el rei, que estaba mui apurado polo que estaba a pasar no sou palacio. Condo soubo el monarca que estaban aquelos tres personaxes no sou reino, féxolos chamar e díxolles: Hai un trasno que roubou mía filla e que me está a alouriar. A ver se vós sodes a mandalo lonxe de aquí. Cuntáronlles que el trasno vivía nun palacio del outro lado del río e non se podía pasar deiquia alí de ningún xeito. Xanín-el-Oso, Arrincapinos e Pertigueiro -querse dicir, el barqueiro- chegaron deiquia el río que ninguén non podía atravesar. Dixo Xanín al pertigueiro: -¿Por que non nos axudas a pasar del outra ourela? El pertigueiro colleu un casqueiro mui grande de carballo e mandou aos amigos que subisen. Lougo empuxou el toro al augua e púxose a cruzar el río coa axuda del sou pértigo. Condo chegaron al outro lado, erguíase diante delos un castelo de altas torres que rabuñaban as nubres e as súas paredes longas non permitían que ninguén, no caso de que tivese cruzado el río, pudese chegar al crume delas. Había uha porta de castañeiro que para facela houbo que talar todo un souto coel aquel de sacar toda a madeira. Xanín dixo a Arrincapinos: -¿Por que non arrincas esa porta? E Arrincapinos púxose enfrente da porta, meteu os didos pola fendedura de embaixo e así podela erguer abondo como pra sacala das ántolas. Así, acabou de quitar na porta del sou sito e tirou nela sobre el río, fendo daquel xeito uha ponte ben guapía. Condo tiveron paso libre, entraron os tres. Xanín encamiñouse á sala principal del castelo e alí atopou a princesa mais el trasno, que era feo de meter medo. Condo aquel viu a Xanín, espetoulle: -Fuche mui xeitoso para chegares até aquí. A ver se es quen a me vencer coas espadas. Escolle a que queiras. Na parede del salón había dúas espadas: uha vella e ferruxenta e outra nova e limpa. Todo convidaba a escolher a nova, pero a princesa achegouse a Xanín e díxolle. -Colle a vella e ferruxenta, que che é mellor. Xanín féxolle caso e colleu a que ela lle indicara e dixo al trasno: -Eu luitarei coa vella e ferruxenta. El trasno riuse porque cuidaba que el rapaz era un fato. Empezaron a se bater coas espadas e axiña Xanín comprobou que a súa cuase que se movía sola e petaba con forza na espada del trasno, el cual caeu vencido de alí a pouco. Xanín púxolle a súa espada na testa e díxolle: -Ou marchas desta terra para sempre ou heiche cortar as orellas e a lingua. El trasno houbo dicir que si e prometeu non volver máis. Despois, Xanín regresou cos sous amigos onde el rei, el cual deulle a mao da súa filla e casaron e foron felices.
FRÍAS CONDE, X., 2000: CONTOS E CANTIGAS EONAVIEGOS, VTP EDITORIAL, XIXÓN. (GALICIA DE CONTO – HÉRCULES DE EDICIONES)
Na parte IX dos Diálogos, Hume interrompe a sua longa análise do argumento do desígnio para se dedicar ao argumento “a priori”. A versón deste argumento que Hume expón e ataca é a que Samuel Clarke apresentou nas Conferências de Boyle de 1704, depois publicadas com o título Uma Demonstraçón da Existência e dos Atributos de Deus. O argumento, tal como Hume o coloca na boca de Demea, corresponde mais ou menos àquele a que hoxe se chama “argumento cosmolóxico”: Tudo o que existe tem de ter unha causa ou razón da sua existência, unha vez que é absoluctamente impossíbel que unha cousa se produza a si própria ou sexa a causa da sua própria existência. Portanto, ao remontarmos dos efeitos às causas temos de percorrer unha sucessón infinita, sem absoluctamente nenhuma causa última, ou temos de, por fim, recorrer a unha causa última que exista “necessariamente”. Ora, pode-se probar como se segue que a primeira suposiçón é absurda: na cadeia ou sucessón infinita de causas e efeitos, cada efeito singular é determinado a existir pelo poder e pela eficácia da causa que imediatamente o precedeu; mas a cadeia ou sucessón eterna completa, tomada em conxunto, non está determinada ou causada por nada e, no entanto, é evidente que requer tanto unha causa ou razón quanto qualquer obxecto particular que comece a existir no tempo. (…) O que foi entón que determinou que algo existisse em vez do nada e que conferíu a unha possibilidade particular a existência, excluindo as restantes? Pressupón-se que non existem “causas externas”. O acaso é unha palabra sem significado. Foi “o nada”? Mas isso nunca pode produzir cousa algunha. Temos, portanto, de recorrer a um “Ser” necessariamente existente, que traga em si mesmo a Razón da sua existência e que non se pode supor non existir sem unha contradiçón explícita. Existe consequentemente um tal “Ser”, isto é, existe unha “Deidade”. Embora a crítica a este argumento ocupe substancialmente menos páxinas do que a crítica ao argumento do desígnio, ela permite a Hume atacar o outro grande sustentáculo racional da relixión tradicional e, dessa forma, tornar mais forte a sua defesa da suspensón do xuízo. A crítica ao argumento está dirixida às noçóns de “existência necessária” e de “explicaçón suficiente” dos efeitos de unha cadeia causal. De notar que, enquanto o ataque ao argumento do desígnio era feito por Filón, agora a análise crítica está sobretudo a cargo de Cleantes.
No tempo das cereixas maduras, fixem um pouco de vinho delas, e como o puxem nunha garrafa pechada durante um mês, resultou num cúmulo de calamidades. O dia oito de Xulho, antes de comer, sobre as duas e meia da tarde, probei apenas meio dedal. E, acto seguído, começou-me a fazer efeito, com tal condiçón que se me subíu à cabeça dunha maneira semelhante ao romeo da páxina 139, mas muito mais perigosa. Afectou-me o organismo interno de tal modo, que me faltaba o aire quase de todo, e quedando-me várias maleitas que puidérom chegar a ser mortais de necessidade. Hoxe, treze de Agosto, ainda padeço os síntomas, dos quais darei detalhes mais adiante. Sucesso do dez de Xulho de 1920 (Sábado). Fún-me deitar, mas, acto seguído, inesperadamente, unha ideia “cogitacionem carnalem que copulan quam e Coladera”, unha ideia fixa e firme, que me resultaba impossíbel destituir. Dei voltas e revoltas, e non puidem dormir “. “Usque facit” P. O caso é que, me convinha levantar cedo para ir à misa, mas acabei dormindo todo o dia, até bem entrado o Domingo. Depois, fún a Pontareas, onde tivem a notícia da morte do Sr. Caetano (Q.D.E.P.). O dia trinta e um de Xulho de 1920 (Sábado), vinha Antonio da Caldereta de Ponte, e falou-me que fora por unhas peras a Uma. Calhou-me vir de volta com Maria Rosa da Costa, e quedei com ela de ir ao Senhor de Guillade, mas tivem unha zaragata com Pintos. Á noite sonhei com a sua nái o seguinte: “Tu non vaias à Costa, porque andam enrriba dela para a deshonrar”. O dia dez, festa em S. Lourenzo de Oliveira, vinhem com Manuel da Sorda que estaba nunha tenda comprando unha libra de azúcar e deu-ma, e eu dei-lhe um peso de prata. O doze de Agosto de 1920, meteu-se-me na cabeça ir a Mondariz, cheguei ainda de noite, e tán pronto arribei, o galo saltou da capoeira e cantou!
Lourenço de Medici morreu em 1492 e isto fez com que a partida de xadrez italiana desse unha reviravolta. Ludovico, “o Mouro”, naquela ocasión governante deposto de Milán, convidou as tropas francesas a atacarem os seus inimigos e a seguirem caminho para, assim, reclamar o reino de Nápoles. Punha-se, desta forma, fim ao pacto de non agressón planeado em Florença. Pedro de Lourenço, o filho que sucedeu ao “Magnífico”, teve de se contentar em passar à história como “o infortunado”, pois, apenas dous anos após suceder ao seu ilustre pai, um novo actor estranxeiro intervinha nos assuntos internos de Florença: o rei Carlos VIII de França. Perante a determinaçón deste último em atravessar a Península Itálica de norte a sul, o Medici mostrou-se incrédulo e indeciso – um dos piores vícios do governante, na opinión de Machiavelli – e adiou o mais possíbel a decisón de tomar partido. Quando finalmente se viu obrigado a pactuar com os franceses a passagem das suas tropas, teve de aceitar condiçóns muito desfavorábeis para o seu governo. Entre as hesitaçóns incluía-se nada mais nada menos que a cidade de Pisa; e, com a sua passividade, pôs em xeque o comêrcio marítimo da cidade (passará mais de unha década até Florença recuperar esta ligaçón tán vital). Na opinión do nosso firme protagonista, non fazer nada, mostrar-se passivo, também é fazer algunha cousa: normalmente, dar vantaxem ao inimigo. Porque “non se debe permitir a continuaçón de unha desordem para evitar unha guerra, porque ela non é evitábel, antes se dilata, com prexuízo próprio”. Para Machiavelli, non é aconselhábel manter-se neutro e tentar ganhar tempo a todo o custo, unha vez que a política é unha arte de acçón e determinaçón. A reaçón dos cidadáns de Florença contra Pedro de Lourenço por causa da péssima negociaçón com os franceses non se fez esperar. Os Medici foram obrigados a exilar-se, pondo fim aos primeiros sessenta anos de domínio ininterrupto sobre a política florentina. A este respeito, Machiavelli insiste na sua obra que o príncipe que quiser manter-se no poder debe evitar, com todo o empenho, despertar o ódio dos cidadáns. Caso contrário, o seu principado será destruído sem remédio, como aconteceu a esta família, nobre e banqueira, obrigada a fuxir.