
Montaigne adopta o cepticismo nunha revisón e reelaboraçón pessoais e orixinais das correntes antigas, mais concretamente das sistematizaçóns helenísticas do cepticismo clássico, ao qual o bordalês, apesar das obxeçóns interpostas, continuará a reconhecer unha carga de um valor crítico libertador. É no capítulo “Apoloxia de Raymond Sebond” que se consumam e encontram o seu equilíbrio a crítica do cepticismo -com o evidenciar de elementos decisivos que se afastam das formas antigas (a filosofia da “Nova Academia”, derivada de Arcesilau e Carnéades e a filosofia pirroniana exposta por Sexto Empírico nos “Esboços”, unha das fontes principais)- e os pontos de viraxem ou de recomposiçón do novo cepticismo, na repetida e inevitábel pergunta (Que sais-je? Ou que sei?) que implica unha ideia concreta de filosofia como arte de viver, na sua acepçón básica de formaçón do xuízo e dos costûmes: “quando proferem “Eu ignoro” ou “Eu duvido”, afirmam que esta proposiçón se elimina xuntamente com o resto, nada mais nada menos do que como o ruibarbo, que elimina os humores malos e também se elimina com eles”. Esta fantasia fica mais claramente expressa na forma interrogativa: “O que sei?”, como a pus como divisa nunha balança”. Se a fórmula principal do cepticismo antigo é a suspensón do xuízo (epochê) -e a implicaçón moral a tranquilidade da alma (ataraxia), necessária à falta de unha representaçón verdadeira, de unha asserçón incontestábel, evidente e pura que leve a xulgá-la como autêntica (sempre se encontrará unha contrária capaz de disminuir ou equilibrar a assertividade e a evidência da primeira)-, o home, entón, non terá acesso directo à cousa, mas sim à representaçón da cousa, à sua aparência, permanecendo fechado num fenomenismo do qual non sairá nunca: o “mundo verdadeiro” é o seu fenómeno. O “mundo verdadeiro” é a representaçón do mundo, da realidade, da qual o home, prisioneiro da aparência e do fenómeno, non consegue librar-se; entón, o saber é opinión, verosimilhança ou inverosimilhança ao mesmo tempo. Mas destituir as representaçóns do estatuto do saber verdadeiro e reconduzi-las à opinión, do ponto de vista da conducta e, portanto, da moral, significa ganhar a libertaçón dos anseios. Seguindo os passos do pirroniano Sexto Empírico, Montaigne evidencia que a Nova Academia, quando afirma non saber nada, cai nunha contradiçón lóxica semelhante a um dogmatismo negativo (saber tudo), enquanto Pirro, nem sequer afirmando isto, corrobora a sua filosofia autenticamente céptica: afirmar non saber nada non é tanto (non é apenas) xá saber, no sentido da admissón de saber que non se sabe (fórmula também contradictória), mas antes pressupón a posse de unha ciência, de unha teoria sobre o espírito humano, da alma, na sua relaçón com a “realidade”.
NICOLA PANICHI