
A VIDEIRA GARNACHA
Esta pranta vigorosa, ocupa o segundo lugar da superfície total de vinhedo, cousa que a sitúa no primeiro lugar das videiras tintas. Parece ser orixinária de Aragón, mais concretamente da provincia de Zaragoza, desde onde se foi alargando, até ao Sul da França. Videira muito vigorosa, resiste bem a séca, acusa bastânte o mildiu e a botrytis, e com unha brotaçón e maduraçón tardía. Oferéce vinhos de boa graduaçón alcohólica, de fermosa côr roxa e acidêz moderada. Estes vinhos maduram rápido e som sensíbeis à oxidaçón. Os rosados navarros, frescos e frutais, albergam unha boa qualidade. Misturados, formam parte da elaboraçón de numerosos vinhos tintos de fama universal. Por exemplo os “Châteauneuf-du-Pape”, também reforzando o esqueleto de numerosos vinhos tintos da Rioja e Navarra, e aporta as notas minerais características dos melhores priorats.

SITIOS ONDE SE PODEM ENCONTRAR

Aragón, é a Meca da garnacha tinta, se bem é França onde se elaboram os vinhos de garnacha mais prestixiosos. Borsao, é para o amânte espanhol o vinho que despertará a sua paixón durante os anos oitenta, unha das marcas favoritas, quando a adega se chamaba Cooperativa del Campo de Borja. Non é pouco mérito estar mais de vinte anos no mercado com uns níveis de qualidade bons ou muito bons. Os melhores vinhos de Borsao som os que se mostram na sua plena expressón frutal: tanto o sinxélo Borsao de anhada, como o mais recente Borsao Garnacha Mítica som campeóns da fruta e da sedosidade, com unha estructura própria de um vinho seis vezes mais caro. Mas a extraordinária cuvée Tres Picos, procedente de vinhas velhas, significa um salto qualitativo para o território da complexidade e da concentraçón, sem renunciar a subtileza e a expressón frutal. Trata-se dum vinho delicioso, sabroso e fresco, graças a unha boa acidez e um alcohol perfeitamente integrado, cuxos aromas e sabores van a mais com a aireaçón.
.

Quando René Barbier e Álvaro Palacios decidirom instalar-se no Priorat, para resuscitar esta rexión esquecída, convidárom algúns amigos para unirse ao proxecto. Um deles era Daphne Glorian, marchante de vinhos europeios. O vinho de Glorian, “Clos Erasmus”, na actualidade um dos vinhos de culto espanhois. As vinhas vélhas de secano de garnacha, prantádas em colinas de forte pendênte, onde o chán está composto principalmente de pizarra, estám misturados com Syrah e Cabernet Sauvignon. A primeira colheita foi em 1989, quase dez anos mais tarde em 1998, derom-se as condiçóns ideais para elaborar o “Erasmus” mais asombroso. Tinha unha côr profunda perto do negro na sua xuventude e um aroma complexo com multitude de baias maduras, violetas, herbas secas e matices afumados procedentes da criança em barrica. Muito corpo em boca, trata-se de um vinho denso, com um forte toque mineral (pizarra molhada).
.

Henri Bonneau leva desde 1956 elaborando vinho nos seus pequenos terrenos (seis hectáreas), situados na afamada zona de “La Crau”da rexión vinícula de Châteauneuf-du-Pape. Bonneau elabora unha grande variedade de cuvées seleccionadas, de acordo com o seu próprio critério, pola sua qualidade. Existe o Châteauneuf-du-Pape básico, o Cuvée Marie Beurrier, e por último, a Réserve des Célestins, ao qual Bonneau chama o seu “grand vin”. O Réserve des Célestins 1998, foi evaluado nunha cata da revista World of Fine Wine em 2006. Stephen Browett, de Farr Vintners, afirmou: “Cheira exactamente como o Banyuls. Unha garnacha muito, muito madura e doce com um toque de licor no naríz. Sabe exactamente igual que cheira e, se tem menos de quinze gráus, eu som o Papa de Roma”. Para Franco Zilliani era “um vinho que tinha tocado tecto”. E Simon Field MW concluíu: “Un folie de grandeur, que começa a revelar debilidades…”. Tal como indican estes catadores, os vinhos de Bonneau caracterizam-se pola sua peculiaridade e non necesáriamente respondem a unha opinión uniforme, sobre qual debería ser o sabor de um Châteauneuf-du-Pape. Non obstânte, o Réserve des Célestins representa, mais que ningúm outro dos vinhos de Bonneau, o arquetipo da producçón vinícula a pequena escala: um vinho artesanal que, para muita xente, representa o ideal do que debería ser a vinicultura.
.

Michel Chapoutier era um grande seguidor do difunto Jacques Reynaud de Château Rayas, cuxos vinhos, segundo se afirma eram todos feitos 100% de garnacha. Os Chapoutier tenhem um terreno de trinta e duas hectáreas em Châteaunuef-du-Pape, no qual produzem um vinho duradouro à base de garnacha chamado “La Bernadine”. A pesar de que os Chapoutier som comerciantes de vinho afincados no norte do Ródano, os seus vinhos non tenhem o carácter fastiádo dos caldos típicos da rexíón. Quando os irmáns Michel e Marc Chapoutier herdarom o negócio familiar do seu pai a princípios da década de 1990, Michel começou a elaborar unha cuvée à base de garnacha de um terreno ao oeste do lugar de Châteauneuf, utilizando algunhas das suas cepas de garnacha mais velhas. A primeira colheita de “Barbe Rac” foi realizada em 1991. Desde entón, os Chapoutier adoptárom o método biodinámico no que forom defendidos por Robert Parker. A colheita de 2001 resulta agora unha versón madura de “Barbe Rac”. Parker defíne-a como cheirar a “monte baixo, regaliz. licor de kirsch, grosella negra e couro novo de montura”, e otorga-lhe unha vida de entre quinze a vinte anos. Como melhor se disfruta é com um bom cordeiro.
LÉRIA CULTURAL
