
EL ECO DEL CONDADO (CRÓNICAS DEL EXTRANJERO). DESDE SETÚBAL (PORTUGAL)
Morte sentida. O dia vintiseis de Septembro passado, deixou de existir nesta cidade o que em vida se chamou Francisco Carrera Martínez, natural de Guillade (Pontareas) e filho do acreditado comerciante desta praça D. Benito Carrera David. O finádo contába nesta com numerosas amizades polo seu trato e carácter bondadoso. Foi durante algúns anos xerente da firma “Bento & Cunhado” da que forma parte o seu pai. Os funerais celebrados o dia vintisete estiverom concurridíssimos, demonstrando a fama e o apreço de que gozaba em Setúbal. Assistíu o mais selecto da praça, assim como a numerosa colonia espanhola residente na mesma. Os proprietários dos cafés e restaurantes, em proba de carinho, oferecerom-lhe unha fermosa coroa e também outra ofrenda similar foi feita pola Classe de Empregados do ramo da Alimentaçón em Geral. “El Eco del Condado” fixo-se representar no funeral polo seu corresponsal nesta cidade. Entre o numeroso xentío vimos o Sr. Dr. Ojeda, Alfonso Rocha, Ceferino Seoane, Francisco Martínez, Manuel Vázquez, José Alvarez, Constantino Alvarez e outros muitos que sentimos non recordar. A família do finádo roga que testemunhemos desde estas columnas o seu reconhecimento imperecedeiro ao Sr. Don Alfredo Jacques e aos xovens que durante a sua doênça o rodeárom de cariños e desvelos. Descanse em paz o que em vida foi bom amigo e companheiro e para este decenário um dos seus melhores amigos e propagandistas e à sua atribulada família a expressón sincéra do nosso profundo pesar.
LORENZO MARTÍNEZ
A OUTRA HISTÓRIA OCULTA DE “BENTO & CUNHADO”
Quando a minha nái, Herundina Sebastián Sebastián, me levou prepositadamente a Setúbal para ensinar-me o negócio da família, que o meu visavô José Sebastián (o “Cunhado”), tinha perdido nunha das suas muitas aventuras amorosas, a casa ainda estába viva e muito animada de clientéla, baixo o rótulo de “Bento & Cunhado”. O meu visavô José (a verdade é que nunca me preocupei por saber quais eram os seus apelhidos maternos, com conhecer a sua terríbel história xá era mais que sufuciente), estaba casado com a irmán de D. Benito Carrera David, chamada antes de que o colonialismo franquista lhe modificára os apelhidos María Carreira Dabide. Âmbos da família do Pazo, quedando desta maneira tán modernos que, nem mesmo a sua própria nái os reconhecería. Mas, isto foi unha maldiçón xeral da época, à qual a minha nái Herundina tampouco logrou escapar. Pois, tratába-se de um ataque programado contra a essência mesma dos galegos. Um dia daqueles sinistros, um “intelixente” funcionário do Concelho de Pontareas, perguntou: ¿Usted como se llama? Dina, respondeu a minha nái. ¡¡Dina no, será Digna!! Bom, voltando ao que verdadeiramente interesa, o meu visavô José Sebastián foi apanhado na cama com a mulher do capitán da marinha, e para librar-se dele tívo que partir-lhe um braço. A raíz de tán funesto acontecimento, a xustiça portuguesa foi-lhe encima da casa, e perderom este magnífico estabelecimento, cousa que sempre lamentárom grandemente. A minha nái tratába de disculpá-lo da sua desastrosa conducta, afirmando que a vida humana, era como unha traxédia grega, na qual o home non era mais que um boneco nas máns do destino.
LÉRIA CULTURAL. INFORMAÇÓN ENCONTRADA POR XOSÉ MANUEL DABIDE XIRALDÉS (DA ILUSTRE CASA DE DON XIRÁLDO, UM DOS “HOMINES DE GUILLADE”).
Interesante historia.