
O que é mortal non é a tán famosa bomba atómica, enquanto especial maquinária de morte. O que há algum tempo ameaça mortalmente o home, e precisamente com a morte da sua essência, é o incondicionado do puro querer, no sentido da sua deliberada autoimposiçón em tudo. O que ameaça o home na sua essência é essa opinión da vontade que pensa que, através de unha libertaçón, transformaçón, acumulaçón e direcçón pacíficas das enerxias naturais, o home pode fazer com que a condiçón humana sexa suportábel para todos e, em xeral, ditosa. (…) O que ameaça o home na sua essência é a opinión de que a produçón técnica pom o mundo em ordem, enquanto é essa ordem que nivela todo o ordo ou todas as categorias na uniformidade da produçón e, desse modo, destrói de antemán o âmbito da possíbel orixem de unha categoria e reconhecimento a partir do ser. (…) A essência da técnica só surxe lentamente à luz do dia. Esse dia é a noite do mundo transformada em mero dia técnico. Esse dia é o dia mais curto. Com ele nos ameaça um único inverno infinito.
MARTIN HEIDEGGER, “Para quê poetas…?”, em Caminhos de Floresta.