
Ironicamente, Russell começou por ser “idealista”, admirador do hegelianismo em versón inglesa, e, por isso, propenso à actitude “coerentista”. Contudo, pouco antes de terminar os estudos universitários, xuntamente com o amigo George E. Moore. deslocar-se-á para o outro polo da filosofia. De 1890 a 1893, Russell recebeu unha bolsa de estudo em Cambridge para preparar o “Tripos” em Matemática (exame de licenciatura temíbel polo grau de dificuldade, que obrigaba os candidatos em xeral, a recorrer a explicadores especializados). Russell obteve a posiçón sete entre os “wranglers”, os alunos que passam o exame com notas excelentes. Estudou a matemática que lhe esixian, mas sentia-se decepcionado com o escasso rigor dos conceitos e dos testes. O “Tripos” de Cambridge estaba fundamentalmente orientado para o cálculo matemático com aplicaçóns na física (de facto, a Escola de Cambridge foi fundamental no desenvolvimento matemático da física) e o interesse polos fundamentos da matemática era reduzido. Russell ficou, assim, um pouco decepcionado. A sua paixón pola matemática vinha da sua formaçón nada convencional. Os Elementos de Xeometria de Euclides, primeiro, e depois as xeometrias non euclidianas tinham despertado em si o fascínio polas construçóns xeométricas do espaço a partir de muito poucos princípios ou axiomas. Nessa época entrou em contacto com a matemática que se estaba a desenvolver no continente, em especial com as obras de Dedekind e Cantor (só mais tarde conheceu o trabalho de Frege). Por causa da sua decepçón com as abordaxens matemáticas da universidade, Russell passou para o “Tripos” de Ciências Morais e encontrou um espírito diferente na filosofia predominante em Cambridge nesse momento: o idealismo de Francis Herbert Bradley, representado por John M. E. McTaggart, também membro da sociedade “Os Apóstolos”, e por George Stout, que o iniciou em Bradley e na sua “Aparência e Realidade”. Encontrou no idealismo unha promessa de unidade do conhecimento, acima das divisóns e dos ollhares particulares de cada ciência. O idealismo inglês era hegeliano apenas na superfície. A distinçón radical que Bradley estabelecia entre aparência e absolucto conduzia, na verdade, a unha espécie de cepticismo em relaçón a quase tudo: a matéria, o espaço e o tempo. Russell esteve muito mais próximo de McTaggart, seu professor, cuxa obra mais importânte -póstuma- é “A Natureza da Existência” (The Nature of Existence, 1921). McTaggart estaba obcecado por mostrar que tudo aquilo que constitui o nosso mundo, do físico ao ficcional, tem unha certa forma de realidade, algo que atraía Russell pola sua dedicaçón aos “obxectos” matemáticos. No seu estudo da xeometria, Russell descobrira unha série de antinomias (em lóxica, paradoxos ou contradiçóns irresolúveis: entre ponto e linha, entre movimento absolucto e relativo) que se poderiam resolver num Absolucto idealista como o que, segundo Bradley, garantiza a unidade do todo, mas o custo era um cepticismo radical que non estaba disposto a aceitar. Nas dificuldades que encontrou na sua investigaçón teve orixem a ruptura com o idealismo, que apresentou em “Os Princípios da Matemática” (1903). Como xá dissemos, o idealismo, na sua versón inglesa, exerceu unha grande atraçón sobre o xovem Russell, que aspiraba a unha xustificaçón global do conhecimento humano. Representaba unha perspectiva acima de todas as ciências particulares, como se a filosofia pudesse postular unha teoria do mundo à qual as ciências, pola sua própria parcialidade, non poderiam acceder. O postulado essencial era que a realidade é unha. Russell identificou, de imediato, que o monismo (ou holismo) hegeliano se baseava nunha certa concepçón das relaçóns, a que chamou “teoria intrínseca”.
FERNANDO BRONCANO