
CONTRA A VIOLÊNCIA ENTRE OS INDIVIDUOS E ENTRE OS ESTADOS
Os estados som unicamente ignorantes e extraviados, quando as suas crenças se opoiam em opinións antiquadas corrompidas. O que nós vemos é que os seres que podemos percepcionar ou de que somos testemunhas, som entre si contrários uns aos outros e que cada tenta destruir o seu contrário. (…) Estas e outras cousas semelhantes, som as que nos seres existentes vemos e reconhecemos. Dizem, segundo isto, que tal é a natureza dos seres e que essa é a sua tendência natural inacta. O que os corpos naturais fazem naturalmente, isso é o que debem fazer os animais libres, com o seu libre-arbítrio e a sua vontade, e isso é o que quem esta dotado de reflexón debe fazer com as suas reflexóns. Do mesmo modo, xulgam que os estados debem lutar e discutir uns contra os outros entre si. Cada home debe apropriar-se de todo o bem que existe, debe esforçar-se para superar os outros, para retirar deles todo o bem que possa ser-lhe útil. O mais violento em vencer tudo aquilo que lhe coloca obstáculos é o mais feliz. Destas ideias derivam muitas outras nos estados de opinións ignorantes. Alguns xulgam que entre os homes, non se debem procurar nem ligaçóns nem relaçóns, sexam estas naturais ou voluntárias. Cada home debe considerar como imperfeitos todos os outros e cada um debe singularizar-se entre todos os outros. Dous homes, non debem associar-se, senón quando forçados pola necessidade, nem xuntar-se um com o outro a non ser em cousas concretas. (…) Este é um enorme mal, entre as opinións sobre a humanidade.
ANDRÉS MARTÍNEZ LORCA