¡¡QUE NADA SE SABE!! (59)

E, no referído à côr, a dúvida resulta ainda maior todavía. ¿Quando há que fiar-se del? Quando esté mais próximo da sua natureza e menos afectado por algo extranho. Mas ¿quem conhece a natureza do ar? ¿Quem o víu puro? Esta submetído a um câmbio continuádo, por obra, desde arriba, do Sol, da Lúa e de outras cousas, assim como, desde baixo, por obra da terra, da água e dos corpos mixtos. O mesmo há que pensar do vidro e da água, mas incluso a soluçón resulta mais difícil, pois na visón que se leva a cabo através do vidro ou da água existem dous meios externos: o ar e um deles. Pôn unha moeda num recipiente largo e deixa-o no chán; alonxate del até que xa non vexas a moeda. Manda entón encher de água o recipiente: pronto verás a moeda, e a verás mais grande que antes. ¿Por qué non se podía vêr antes através do ar, sendo assim que, segundo tú, é o meio óptimo? ¿Por qué a moeda aparece agora mais grande? Non o sabemos. Só nos cabe manifestar algunha opinión, e nós a manifestaremos quando cheguemos ao “Examen rerum”.

FRANCISCO SÁNCHEZ

Deixar un comentario