
Segundo Dióxenes Laércio, a principal divisón da “lóxica estoica” dá-se entre a rectórica e a dialéctica. Esta segunda assemelha-se à “dialéctica platónica”, na sua funçón e transcendência, pois é definida como estudo da realidade das cousas: non como unha simples técnica para argumentar correctamente (abordaxem aristotélica), mas como conhecimento do que é verdadeiro, falso, ou do que non é nem verdadeiro nem falso, atendendo à existência efectiva das cousas. Mais concretamente, lida com as palabras, com as cousas e as relaçóns entre ambas proporciona, portanto, um aspecto ontolóxico, além do gnoseolóxico. Aquilo que perde relevância no campo filosófico, neste caso, é a rectórica, a ciência da boa expressón dos raciocínios. A “dialéctica estoica” aborda duas grandes áreas: “as cousas significadas” e “as cousas que significam”. No âmbito “das cousas significadas” (e sempre de acordo com a amplitude de visóns, que, tal como vimos, caracteriza as disciplinas estoicas), inclui-se non só o sentido das palabras e das frases, mas também os conceitos e as impressóns sensoriais. A inclusón destas últimas no campo da dialéctica non deixa de ser surprehendente e é explicada pola convicçón de que nem a linguaxem nem o pensamento som possuidores de conteúdo “a priori”, isto é, anterior à experiência, som antes fruto de unha longa aprendizaxem ao longo da qual a mente rexista os estímulos dos órgáns sensoriais que lhe transmitem as impressóns dos obxectos exteriores. Aqui som rexeitadas todas as ideias inactas platónicas, aquelas que a alma conheceria por reminiscência depois do seu contacto com as formas eternas. Polo contrário a mente funciona como unha folha de papel na qual ficam rexistadas as impressóns. O rexisto repetido das mesmas impressóns, ou do mesmo tipo de impressóns, inscreve na mente uns “conceitos xerais”. Em teoria do conhecimento, os estoicos podem ser considerados empiristas (tal como os epicuristas, como veremos adiante). De facto, anteciparom-se vários séculos -perto de vinte- a John Locke e aos outros empiristas britânicos, ao considerarem que na consciência non há nada que non tenha estado primeiro nos sentidos.
J. A. CARDONA