HABERMAS (A ARTIMANHA DA OPINIÓN PÚBLICA BURGUESA)

A publicidade burguesa orienta-se polo princípio de acesso xeral. Unha publicidade da qual estivessem excluídos, “eo ipso”, determinados grupos non só estaria incompleta como, de modo algum, poderia xustificar-se denominá-la publicidade (…) o público antecipa nas ruas consideraçóns a pertinência de todos os seres humanos (HCOP) Depois de nos apresentar a xénese da publicidade burguesa a partir das estructuras sociais que a tornaram possíbel, Habermas oferece-nos unha panorâmica de teorizaçóns sobre a opinión pública sob a epígrafe de “Ideia e ideoloxía”. Vai integrar as críticas à “ficçón burguesa” da esfera pública. Apresenta-a como unha artimanha ideolóxica exposta por quatro pensadores críticos fundamentais: por um lado, Hegel e Marx, e polo outro, na mesma tradiçón liberal, Tocqueville e Stuart Mill. As duas derivaçóns críticas à esfera pública burguesa: Em primeiro lugar, expón as obxecçóns de Hegel -a dura realidade do antagonismo na sociedade civil, isto é, a luta entre grupos sociais- e as de Marx -o subtexto de classe- que irán colocar no pelourinho, com unha dura crítica, o “ideal” kantiano. Em segundo lugar, Tocqueville e Stuart Mill reveem a tradiçón individualista liberal para diagnosticar a sua dexeneraçón: a opinión pública torna-se tirana e domina o indivíduo. O liberalismo parece ter encontrado os seus “limites” ao produzir-se o ocaso simultâneo da breve e brilhante época da “Öffentlichkeit” e do indivíduo autónomo que a acompanhava. O paradoxo está em que a ampliaçón da publicidade -aos trabalhadores, aos negros, às mulheres…- trará consigo a sua desactivaçón crítica.

MARÍA JOSÉ GUERRA PALMERO

Deixar un comentario