Arquivos mensuais: Xuño 2023

BERGSON (EU NON ERA NADA, XÁ NINGUÉM ERA NADA . SOMENTE HABIA A FRANÇA”)

A partir de 1914, os acontecimentos precipitam-se tanto na Europa como na vida do nosso autor. A Grande Guerra rebenta quando ele é nomeado um dos “quarenta imortais” da Academia Francesa, ocupando o cargo do defunto ex-primeiro-ministro Émile Ollivier, que fizera frente a Bismarck na guerra franco-prussiana. É o primeiro membro xudeu (embora non practicante) da história da instituiçón, o que provoca a ira do partido xenófobo Acçón Francesa. Entregue ao seu novo papel e com o apoio dos principais sectores políticos do país, Bergson parte para o estranxeiro como embaixador do espírito francês. As suas conferências na Residência de Estudantes de Madrid, em 1916, som um exemplo da fusón entre a sua filosofia e a propaganda bélica aliada em momentos azíagos para a Europa. Frente à barbárie mecanicista encarnada, unha vez mais, pola unión “abstracta, pobre e vazia” da Prússia e das potências do Eixo (“desenvolvimento de algunhas ideias do grande filósofo Hegel, postas em práctica depois dele em condiçóns que ele talvez non tenha previsto completamente”), os Aliados, reunidos em torno da França, representam a diversidade de personalidades, a riqueza e a bondade moral. Non é unha guerra entre Estados, mas entre ideais de unificaçón da humanidade. É Ollivier contra Bismarck; o Direito contra a brutalidade mecânica. O estado de ânimo dos soldados franceses é inclusivamente comparado com o dos grandes místicos. Polo contrário, as potências centrais pretendem “fazer retroceder a Europa ao tempo dos grandes impérios asiáticos”.

ANTONIO DOPAZO GALLEGO

LITERATURA CLÁSSICA GREGA (SAFO)

Safo nasceu probabelmente sobre o 630, na cidade de Ereso, costa occidental de Lesbos, mas ao parecer passou a maior parte da sua vida em Mitilene, a principal cidade da ilha. Estívo exiliáda em Sicilia durante algúm tempo, no período entre 604-603 e 596-595, polo qual é probábel que a sua família ou a do seu marido, tivéram que ver com os asuntos políticos de Lesbos (no fragmento 71 aparece falando com hostilidade da nobre família de Pentilo, no seio da qual se casou o político Pítaco. No fragmento 58, podería referir-se à sua própria velhice, afirma-se que Ródopis, a cortesán com a qual esteve relacionado o seu irmán Caraxo, tivo o seu esplendor baixo o reinado de Amasis de Exípto, que chegou ó trono em 568 a. C. A Suda relata que o seu marido, Cercilas, era um rico comerciante de Andros, mas pensou-se que o seu extranho nome e a sua procedência se deben a algúm escritor cómico. Seguro é, que tivo unha filha, da que fala com afecto na sua poesía. O amor é o mais importânte dos seus temas, e a miúdo expressou fortes sentimentos homosexuais. O seu público estaría composto usualmente de um círculo de mulheres e raparigas: No fragmento 160, onde afirma “Agora cantarei estes versos belamente para deleitar ós meus companheiros”, o termo usado para “companheiros” indica que eram mulheres. Pode que ensinara as suas artes poéticas e musicais a membros do seu grupo: a Suda menciona a três “alumnas”, todas de ultramar, e um comentarista da sua poesía afirma que educou à flor e nata das raparigas locais e também às procedentes de Xónia; a referência a “a casa das que serven às Musas”, suxére algúm tipo de asociaçón literária, ainda que informal. As suas amigas eram cantoras, e sabemos que había grupos rivais. Só unha pequena parte da sua obra parece pensada para um público mais grande: epitalamios, talvés escrítos para casamentos autênticos e para o culto de Adonis. Algúm estudoso alexandrino repartíu os seus poemas em nove libros, seguindo principios métricos, e o libro noveno continha os epitalâmios excluídos dos outros libros por motivos métricos. Só o primeiro libro tinha 1320 versos, é dizer, 330 estrofas sáficas, talvez 60-70 poemas, mas o libro oitavo era só unha décima parte do primeiro. Somênte conservamos um poema completo seu, a plegária a Afrodita, mas temos partes substânciais de unha dozena mais. O poema completo, conservou-se no texto de Dionisio de Halicarnaso, como exemplo de estilo “pulido e exhuberante”:

“Inmortal Afrodita, de policromo trono, filha de Zeus, trenzadora de enganos, eu te suplico que non domes, Senhora, o meu ânimo com penas nem angustias, senón que venhas aquí, se algunha vez no passado ouvíste a minha voz desde lonxe e asentíste e viéstes, deixando a casa dourada de teu pai, com o carro uncído: fermosos gorrións lixeiros de asas zumbantes e de batido rápido trouxérom-te sobre a escura terra desde o Céu a través do ar médio, e chegarom logo; e tú, bendita, com unha sorrisa na tua cara inmortal perguntás-te que me tinha passado esta vez e por quê te chamei esta vez e que é o que no meu enlouquecido corazón desexaba mais que me sucedera: “A quem tenho que convencer esta vez para que te corresponda com o seu amor? ¿Quem te preocupa, Safo? Se ela escapa, pronto te perseguirá; se non recebe ofrendas, quê: ofertas dará a câmbio; se non ama, pronto amará incluso em contra da sua vontade”. Vem a mim agora de novo e libérame das angustias opressoras; cumpre com tudo o que o meu corazón desexa, e tu mesma sé minha companheira de luta.”

P. E. EASTERLING E B. M. W. KNOX (EDS.)

ESPINOSA (O CHÉREM)

É claro que, por volta de 1655. Espinosa xá tinha decidido que dedicaria a sua vida ao conhecimento. Mas, para além do desinteresse pelo comércio, parece que, se Espinosa deixou de pagar a contribuiçón naquele momento, foi porque sentia no seu interior um irremissíbel distanciamento em relaçón ao xudaísmo oficial. Eram-lhe atribuídas ideias heterodoxas que a ordem estabelecida considerou intolerábeis. Os dirixentes político-relixiosos non demorarom a reaxir contra o xovem de 24 anos com a máxima virulência, mediante o maior castigo previsto para os dissidentes: “o chérem”, equivalente à excomunhón católica. De facto, expulsaram-no da Sinagoga a 27 de Xulho de 1656, através de unha condenaçón lida nunha sinagoga cheia, o repúdio mais duro lançado contra um membro da comunidade sefardita de Amesterdám. O que é que causou unha represália tán irada e furibunda contra o xovem de 24 anos? As expressóns de imprecaçón e maldiçón utilizadas no texto eram, certamente, oficiais e seguiam o formalismo, mas o conselho responsábel por redixir a excomunhón procurou entre todas as fórmulas disponíbeis até encontrar as mais agressivas e ofensivas. É necessário dizer que estas non desanimarom muito Espinosa, que encarou a expulsón com muita impassibilidade e considerou que non fazia mais do que precipitar acontecimentos que haberiam de suceder, mais tarde ou mais cedo; ao que parece, escrebeu unha defesa das suas ideias que, infelizmente, se perdeu. Mas aqui interessa saber o que ocasionou tal reaçón por parte dos dirixentes espirituais e políticos xudeus, tanto para entender a estructura do poder do momento como, sobretudo, para descobrir a evoluçón intelectual de Espinosa.

JOAN SOLÉ

O TEMPO E A ALMA (7) (MELGAÇO EM RIBAMINHO)

A relativa modéstia monumental de Melgaço é enganadora. O visitante dá unha volta e é tentado a contentar-se com um olhar exterior, e a seguir caminho. Os valores da arte e da paisaxem están nas imediaçóns da vila, e vale a pena dispor de duas horas para ir a Fiaes, onde a actual matriz xá foi igrexa de convento cisterciense e conserva muitos vestíxios dessa época, e túmulos com estátuas xacentes. Nunha outra pequena estrada de montanha, a cinco quilómetros, fica a igrexa de Paderne, que é tao antiga ou mais que Portugal. O nome vem, diz o povo, de Dona Paterna, viúva do conde Hermenegildo, senhor de Tui. Tudo isto foi nos inícios do século XII; o volume românico da igrexa, o duplo portal, a beleza do lugar, compensam o desvio. Castro Laboreiro, a quinze quilómetros da vila, é um local de rudeza impressionante, um mundo de força, de antiguidade e de violência petrificada. Tiveram durante muito tempo fama os caes desta rexión; a raça continua a produzir belos exemplares, mas aquí na aldeia nao é fácil encontrá-los. Dizem que aqui ou além, em quintas distantes, ainda se podem obter animais puros, mas aí está outro projecto que adio para quando o tempo o consentir: levar daqui um dos descendentes dessa raça canina. Quase às portas de Melgaço, na estrada para Monçao, atravessa-se a antiga estaçao termal. Do românico do século XII damos um salto para o galante século XIX, depois que o comboio reanimou a vida local e fez nascer as termas. Estas ainda sao das antigas, com a “buvette” no parque sob grandes arvoredos românticos, e velhos hotéis cuxos soalhos de longas tábuas oscilam sob os nossos pés. A casa de jantar, com lambris de madeira escura quase até ao meio da parede, pintados de verde-pálido, e estuque rico nos tectos, foi imaxinada para duzentos, trezentos aquistas, e parece envergonhar-se agora destes três ou quatro casais de terceira idade, que se movem com gestos póstumos e murmuram palabras em voz baixa. É sempre assim? Nao, dizem-me. Em Agosto e Setembro ainda vem muita gente. Mas sabe, agora preferem-se as praias, que sempre é outra coisa, outra vida. Que isto aqui é muito bonito; o senhor já conhece, nao conhece? Envergonho-me de dizer a verdade: conheço, mas de passagens sempre fugidias, sempre com pressa ou de chegar à fronteira, ou de me aproximar de Lisboa, e isso nao é mais que passar entre os dedos as páxinas de um livro cujo texto merece ser lido linha por linha. Este cume do Minho é das mais empolgantes paisagens que o país tem para oferecer, e non estou a falar só, nem principalmente, na paisagem física do monte e do rio, mas do mundo das pessoas, dos pequenos monumentos escondidos nos refegos das serranias, nas tradiçóns e nas ruínas, em todo o conxunto de valores morais que a terra aqui incorporou.

JOSÉ HERMANO SARAIVA E JORGE BARROS

ROUSSEAU (INVENÇÓN DE UNHA LINGUAXEM PRÓPRIA)

Nessa invençón de unha linguaxem própria, reside a verdadeira e orixinal exaltaçón rousseauniana do sentimento. Como diz logo no começo das suas “Confissóns”: “Senti antes de pensar; é o destino comum dos homens. Tenho-o experimentado mais do que qualquer outro”. Rousseau assegura non se recordar como aprendeu a ler, mas sim de quando, sendo muito menino, passava noites inteiras a ler com o pai os romances que a sua nai tinha deixado. “Em pouco tempo adquiri, dessa maneira perigosa, non somente unha extrema facilidade para ler e ouvir, mas unha comprehensón das paixóns na minha idade. Nón possuía nenhuma ideia sobre as coisas, mas todos os sentimentos me eram conhecidos. “Non tinha pensado nada e tinha sentido tudo”. Essas emoçóns confusas que eu experimentaba unha após a outra non alteravam a razón que ainda non tinha; mas elas formaram-me unha de outra têmpera.” Reconhecendo a dificuldade implícita em “dizer o que non foi dito, nem feito, nem sequer pensado, mas degustado e sentido”. Rousseau xulga ter à sua disposiçón algo melhor do que qualquer documento para narrar a sua vida. Xulga dispor de “um guia fiel com que pode contar, “a corrente de sentimentos que marcarom a sucessón da minha existência”, e por isso a de dous acontecimentos que foram a sua causa ou efeito”. Os factos som somente deduçóns do que nos teriam feito sentir e, por sua vez, as nossas acçóns poderiam deduzir-se como simples corolários do que sentimos num dado momento. “Non posso estar enganado sobre o que senti, nem sobre o que os meus sentimentos me levaram a fazer”, sentencia Rousseau no início do libro VII das “Confissóns”.

ROBERTO R. ARAMAYO

A EXPANSÓN DO ESPÁÇO (FI-66)

É importante assinalar que a expansón do espáço, non afecta ao tamanho dos obxectos materiais como as galáxias, estrelas, mazans, átomos ou outros obxectos cohesionados ou mantídos unidos por algún tipo de força. Por exemplo, se trazáramos um círculo à roda de um racimo de galáxias sobre o globo, o círculo non se expandiría à medida que o globo o faga, senón que, como as galáxias están ligadas entre sí por forças gravitatórias, o círculo e as galáxias do seu interior manterám o seu tamanho ou configuraçón ainda que o globo se expandíra. Isto é importante, porque, só podemos detectar a expansón se os nossos instrumentos de medida tenhem tamanhos fixos. Se tudo estivéra expandíndo-se, entón, tanto nós como as nossas varas de medir, os nossos laboratórios, etc…, tudo se expandiría proporcionalmente e non notaríamos ningunha diferênça no tamanho do universo em dous instântes diferêntes. Que o universo se estivéra expandíndo, resultou unha novidade para Einstein, mas a possibilidade de que as galáxias se estivéram alonxando unhas das outras, xá tinha sído proposta anos antes dos artígos de Hubble, a partir de fundamentos teóricos suministrados por equaçóns do próprio Einstein. En 1922, o físico e matemático ruso Alexander Friedmann (1888-1925) investigou que ocurriría num modelo de universo baseado em duas hipóteses que simplificabam muito as matemáticas: que o universo tem aspecto idêntico em todas as direcçóns, e que tem também o mesmo aspecto desde qualquer ponto de observaçón. Sabemos que a primeira hipótese de Friedmann non é exactamente verdadeira -afortunadamente, o universo non é uniforme por doquier!- . Se miramos para cima em duas direcçóns, podemos ver o Sol; noutra direcçón, a Lúa; noutra, unha colónia emigrante de morcêgos vampiros. Mas o universo em si, parece aproximadamente igual em qualquer direcçón, quando o considerar-mos a unha escala muito elevada -maior, incluso, que a distância entre as galáxias- . É, em certa maneira, como mirar um bosque desde um avión. Se voár-mos suficiêntemente baixo, podemos ver as folhas individuais, ou ao menos as árbores e os espaços entre elas. Mas se voá-mos tán alto que, alargando o braço o pulgar oculta a visón de um quilómetro quadrado de árbores, o bosque parecerá unha massa verde uniforme. Podríamos afirmar que, a dita escala, o bosque é uniforme.

STEPHEN HAWKING Y LEONARD MLODINOW

PLOTINO (AS ENÉADAS, OU 54 ILUMINAÇÓNS FILOSÓFICAS)

Toda a obra de Plotino está reunida nas Enéadas. A pedido do mêstre, Porfírio agrupou os textos por temas (seguindo o exemplo de Andrónico de Rodes com Aristóteles e Teofrasto). Fê-lo, indo do mais fácil ao mais difícil e do mais breve ao mais extenso, sem que com isso deixasse de nos transmitir a ordem cronolóxica (que agradecemos, embora non se note unha evoluçón real). Ennea em grego significa nove. Sendo 54 os tratados legados por Plotino (cada um com 15 a 40 páxinas), Porfírio dividiu-os em seis grupos, felicitando-se por “encontrar o producto do número perfeito, 6, pelo número 9”. Para isso, no entanto, teve de fazer algunha batota aqui e ali, dividindo os tratados mais longos em duas e três partes e reunindo noutro (Consideraçóns Diversas) algunhas notas soltas. Embora a classificaçón sexa um tanto artificial e Plotino flûa com desenvoltura de um extremo a outro do sistema, “grosso modo” dividem-se em: Ética, beleza e felicidade (1), Estructura do mundo sensíbel (2), Liberdade e temporalidade (3), a Alma (4), a Intelixência (5) e o Uno (6). A estructura dos tratados consta habitualmente de quatro partes: apresentaçón do problema, demonstraçón da soluçón, persuasón mediante imáxes e subída à verdade inefábel, citando algum mito ou poema.

ANTONIO DOPAZO GALLEGO

SOBRE A GUERRA E AS POBRES XENTES

PLANÍCIE

Eu me despí,

eu despedacei a arma que me puseram nas maos,

eu corri de braços desmesuradamente abertos

pela planície fora.

E havia cadáveres moços entre papoilas rubras

e flores de margaça.

E pragas na minha boca

de todos os homens.

E clamores no meu sangue

de todos os homens.

Corria de braços desmesuradamente abertos,

levava vendavais coléricos e os gritos de milhoes de escravos

quando tombei.

Eu estava nu,

e fiquei apodrecendo, de olhos e braços abertos

desmesuradamente,

esperando

entre as papoilas rubras da planície.

PAPINIANO CARLOS

LEIBNIZ (A REPÚBLICA IDEAL)

CARTA DE LEIBNIZ AO CZAR PEDRO I, O GRANDE, A 17 DE XANEIRO DE 1712.

“De facto, eu non som desses que están apaixonados pola sua pátria, ou por unha determinada naçón, unha vez que me oriento polo proveito de todo o xénero humano, pois tenho o céu como pátria e todo o home de boa vontade como cidadán… dado que a minha tendência e disposiçón están orientadas para o bem comúm.”

A DIFUSÓN DOS CONHECIMENTOS NA REPÚBLICA DAS LETRAS.

Os homes de letras do século XVII sentiam-se como cidadáns de um Estado ideal, mas nada utópico, que ultrapassava as fronteiras dos estados e das igrexas. Um Estado que possuía as suas próprias redes de comunicaçóns, os seus capitais, as suas autoridades, as suas instituiçóns e publicaçóns, e que aparecia unificado através da ideia de interdisciplinaridade e de trabalho comúm. Tratava-se de unha república ideal que pugnava por manter a sua independência em relaçón aos estados nacionais; composta por um grupo de homes de letras que tinham contactos próximos uns com os outros, trocando informaçóns, reflexóns e descobertas, e preocupados com a divulgaçón das suas ideias, que exerciam a sua influência à marxem das igrexas e das universidades.

CONCHA ROLDÁN

ESCRITORES HISPÂNOS (MIGUEL ANTONIO CARO)

CARO, Miguel Antonio (Bogotá, 1843-1909). Ensaista e crítico colombiano que foi presidente do seu país de 1892 a 1898. A sua poesía xuvenil, “Poesías” (1866), tivo pouca qualidade, mas as suas traduçóns das “Églogas” e das “Geórxicas” de Virgilio som probabelmente as melhores em castelán. O Instituto Caro y Cuervo de Bogotá reeditou as obras de este autor, entre elas as “Poesías latinas” e as “Versiones latinas” (1951), “Estudios de crítica literaria y gramatical” (1955, dous volûmes), unha nova ediçón da “Gramática de la lengua latina” que escrebeu em colaboraçón com Rufino J. Cuervo e unha nova ediçón das suas “Obras completas” (1962-1972, dous volûmes).

OXFORD

ESCRITORES HISPÂNOS (JOSÉ EUSEBIO CARO)

CARO, José Eusebio (Ocaña, 1817-1853) Poeta romântico de Colombia. Primeiro sentíu-se atraído polo racionalismo, mas ao final acabou sendo católico. Em 1836 fundou a revista literaria “La Estrella Nacional” e ao ano seguinte o xornal liberal “El Granadino”. A sua poesía cívica e filosófica clamaba abertamente pola liberdade de consciência de todos os homes, inspirada em Byron. “En alta mar” é um impresionante poema filosófico, talvés o melhor dos que escrebeu, ao lado de “La libertad y el socialismo”. Durante o goberno de José Hilario López, Caro exíliou-se nos Estados Unidos. Depois do seu regreso quatro anos mais tarde morreu de fébre amarela. O seu filho, Miguel Antonio Caro, foi também um conhecído literato. Publicaron-se várias antoloxías da sua obra: “Obras escogidas en prosa y verso” (1873), Poesías (Madrid, 1885) e “Antología: verso y prosa” (1951). O seu “Epistolario” apareceu em 1953.

OXFORD

ESCRITORES HISPÂNOS (JOSEP CARNER I PUIG-ORIOL)

CARNER I PUIG-ORIOL, Josep (Barcelona, 1884-1970) Poeta catalán que passou unha grande parte da sua vida no exílio e contribuíu para o engrandecimento da sua fala, ao igual que Guerau de Liost. Foi a figura mais alta do “Noucentisme” catalán, superando com muito ao célebre “Xènius” (Eugeni d’Ors). O seu primeiro libro foi “Llibre dels poetes” (1904). Contribuíu com artígos de subtil ironía a “La Veu de Catalunya”, em cuxa ediçón axudou durante muitos anos. A sua poesía primeira era a miúdo xoguetona, muito distânte da gravidade da sua obra posterior: “Primer llibre de sonets” (1905), “Els fruits sabrosos” (1906), “Segon llibre de sonets” (1907), “Verger de les galanies” (1911), “Les monjoies” (1912), “La paraula en el vent” (1914, ainda que sem data), “Auques i ventalls” (1914), “Bella terra, bella gent” (1918), “L’oreig entre les canyes” (1920), o último, publicado o mesmo ano em que fundou “Amics de la Poesia”. Começou a sua carreira diplomática em 1921 e viveu algum tempo em Costa Rica, França, Chile e México. Depois da guerra civil española exíliu-se em México e seguidamente em Bruxélas. Em México fundou a “Revista dels Catalans d’Amèrica” e colaborou como fundador em “España Peregrina”, editada pola Junta de Cultura Española. Publicou na colecçón “Séneca”, que dirixía José Bergamín, a traduçón ao castelán do seu poema “Nabí” (1942), assim como “Misterio de Quanaxhuata” (1943). Xá desde Bruxélas, colaborou com a orixinal revista Quaderns de L’Exili. Carner escrebeu sempre em catalán e com Carles Riba foi o poeta que mais influênça teve nos poetas xóvens de Catalunya. Os seus últimos libros oferecem unha visón riquíssima da profundidade simbólica e de imáxes da fala catalán: o exemplo mais alto desta poesía metafísica é “Nabí” (1941), no qual a história bem conhecida de Jonás se converte no eixo de discusón do problema da fé e do desacreditamento. Entre os libros que escrebeu fora da península, mencionaremos “La inútil ofrena” (1924), “El cor inquiet” (1925), “Sons de lira i flabiol” (1927), “El veire encantat” (1933), “La primavera al poblet” (1935), “Lluna i llanterna” (1935) e xá durante o exílio, “Paliers” (1950, com traduçón francesa), “Llunyania” (1952), “Arbres” (1954), “Obra completa I”: “Poesia” (1957), “Bestiari” (1964) e “El tomb de l’any” (1966). Entre os seu contos figuram “La creació d’Eva i altres contes” (1922) e “Les bonhomies” (1925). A sua labor de traduçón é exemplar pola sua fidelidade aos textos: Shakespeare, Hans Christian Andersen e Villiers de l’Isle Adam. Em 1974 apareceu “Escrits inèdits i dispersos, 1898-1903”.

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ESCRITORES HISPÂNOS (EFRAÍN CARDOZO)

CARDOZO, Efraín (1906-1981). Historiador do Paraguay cuxos libros “El Chaco en el régimen de las intendencias” (1930) e “El Chaco y los virreyes” (1934) contribuírom para as negociaçóns de paz com Bolivia em 1938, depois da guerra do chaco. Desde o ponto de vista de Cardozo, os factores mais determinantes da personalidade nacional de Paraguay non som de ordem económico, xeográfico ou racial, senón as ideias comuns sobre a Liberdade e Deus. Defende esta extravagante ideia em “El sentido de nuestra historia” (1953) e no seu libro “El Paraguay colonial” (1959). Em 1959 publicou unha importantíssima “Historiografía del Paraguay” (2 vols.).

OXFORD

ESCRITORES HISPÂNOS (LUIS CARDOZA Y ARAGÓN)

CARDOZA Y ARAGÓN, Luis (Antigua, 1904). Poeta, ensaista e crítico de arte guatemalteco, afincado em México. Estudou literatura, filosofía e arte na Europa. Viveu vários anos da sua xuventude em París e outros lugares da Frânça, onde estudou literatura francesa e acabou interesando-se por García Lorca. Há unha certa influênça do subrrealismo na sua vasta e farto complexa produçón poética: “Luna Park” (París, 1923), “Maelstrom” (París, 1926), “La torre de Babel” (La Habana, 1930), “El sonámbulo” (México, 1937) e “Pequeña sinfonía del Nuevo Mundo (Guatemala, 1949), entre outras obras. Os seus melhores ensaios figuram em “Guatemala”: “Las líneas de su mano” (México, 1955), na qual Cardoza prantéxa a necessidade de unha revoluçón política, social, económica e cultural, para lograr que todos os guatemaltecos alcancem a igualdade. Escrebeu também numerosos estudos sobre arte, entre os que mencionaremos somênte “Pintura mexicana contemporánea” (México, 1953) e “México: pintura activa” (México, 1961). Actualmente desarrolha unha intensa actividade em favor dos direitos humanos em Guatemala. Tem pronunciádo infinitude de conferências, sobre a realidade do seu país.

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ESCRITORES HISPÂNOS (ONELIO JORGE CARDOSO)

CARDOSO, Onelio Jorge (Calabazar de Sagua, 1914). Contista cubano. Os seus temas e personáxes derivam da vida campesina do seu país, ainda que mostra igual conhecimento do mundo urbano. As suas obras mais representativas som “Taita, diga usted cómo” (México, 1945), “El cuentero” (1958), “Cuentos completos” (1960; ed. ampl., 1965), “Gente de pueblo” (1962), “La otra muerte del gato” (1964), “El perro” (1965) e “Iba caminando” (1966).

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