Arquivos diarios: 21/06/2023

HETERODOXOS (ARRIO)

Da saudábel e enérxica influênça de Osio no ânimo de Constantino, responde a lei de “manumissionibus in Ecclesia”, a el dirixida, que se pode ler no código Teodosiano. Maior perígo que o do cisma de Donato foi para a Igrexa a heresía de Arrio, presbítero alexandrino, cuxa história e tendências será exposta quando cheguemos à época visigoda. Aquí basta recordar o que todo o mundo sabe, é dizer, que Arrio negaba a divindade do “Verbo” e a sua consubstancialidade com o “Pai”. Osio foi enviado a Alexandría para acalmar as disenssóns entre Arrio e Santo Atanasio, non conseguíu reduzir a Arrio e decidíu-se pola celebraçón de um concílio. Xuntárom-se estes em Nicea de Bitinia o ano 325, com a assistência de 318 bispos, presididos polo mesmo Osio, que é o primeiro em firmar, depois dos legados do papa, desta maneira: “Hosius episcopus civitatis Cordubensis, provinciae Hispaniae, dixit: Ita credo, sicut superius dictum est. Victor et Vincentius presbyteri urbis Romae pro venerabili viro papa et Episcopo nostro Sylvestro subscripsimus, etc…” Aquel concilio, o primeiro dos ecuménicos, debe ser tído polo feito mais importânte dos primeiros séculos cristáns, em que tanto abundarom as maravilhas. Víu-se à Igrexa sacar incólumne da aguda e sofística dialéctica de Arrio o tesouro da sua fé, representado por um dos dogmas capitais, o da divindade do “Logos”, e assentá-lo sobre fundamentos firmíssimos, formulando-se em termos claros e que cerrabam a porta a toda anfiboloxía. A Igrexa, que xamais introduz nova doutrina, non fixo outra cousa que definir o princípio da consubstâncialidade tal como se lê no primeiro capítulo do Evanxélio de San Xóan. A palabra “homoousios” (consubstâncial), empregada a primeira vez polo Niceno, non é mais que unha paráfrase do “Verbum erat apud Deum et Deus erat Verbum. O cristianismo non variou nem variará nunca de doutrina. ¡Que gloria cabe ao nosso Osio por haber dictado a profissón de fé de Nicea, símbolo que o mundo cristán repite hoxe como regra de fé e norma de crênça! “Acreditamos em um Deus, Padre omnipotente, criador de todas as cousas vissíbeis e invissíbeis, e em Xesucristo, filho de Deus, unixénito do Pai, isto é, da substância do Pai, Deus de Deus, luz de luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro, nascído, non feito, “homoousios”, isto é, consubstâncial ao Pai,por quem forom feitas todas as cousas do céu e da terra…” Que Osio redactou esta admirábel fórmula, modelo de precisón de estilo e de vigor teolóxico, afirma expressamente San Atanasio. Foi subscrípta por 318 bispos, abstendo-se de fazê-lo cinco arrianos somênte. Em alguns cánones disciplinários do concilio Niceno, especialmente no terceiro e no décimo oitávo, parece notar-se a influênça do concilio Iliberitano, e polo tanto a de Osio.

MARCELINO MENÉNDEZ PELAYO