
O século XVIII é o século da curiosidade, das viaxens e do comércio marítimo. As espécies exóticas som exhibidas nos xardíns botânicos, os obxectos procedentes de outros lugares fascinam e fomentam a curiosidade. Tudo se dá num ambiente de mudança social que implica abordaxens mais abertas e inovadoras. Há um terreno óptimo para o desenvolvimento da ciência, que tem, aliás, um referente incomparábel, Isaac Newton, que exerceu unha influência transcendental no desenvolvimento do pensamento científico do Ocidente. Newton representa a pergunta polo lugar que ocupa o ser humano no cosmos e a resposta à incógnita do universo, dado que o facto de se poder abarcar o universo nunha fórmula matemática estimulava a ousadia dos investigadores. O impressionante triunfo da ciência de Newton obedeceu à sua capacidade de sintetizar os avanços da física e da matemática na investigaçón natural. O enciclopedista D’Alembert afirmou que o triunfo de Newton consistiu em “introduzir a xeometria na física para dar lugar, através da combinaçón da experiência e do cálculo, a unha nova ciência exacta, profunda e resplandecente”. O legado de Newton foi um sistema do mundo -a que tán só Berkeley teve a audácia de se opor, como veremos- e unha forma de fazer ciência. Alguém dá mais? Também Robert Boyle (1627-1691), químico, filósofo natural e teólogo, admirado por Berkeley, contribuiu para assentar o novo universo mecânico com unha pitada de cepticismo e unha proposta que consistia em libertar a fé do fanatismo e a ciência do dogmatismo ao submeter qualquer conclusón ao processo de experimentaçón. O seu tratado “O Químico Céptico” evidência o caminho que tinha de percorrer a partir do espaço newtoniano. Ambos, Newton e Boyle, iniciaram, a partir do conhecimento científico, o esforço para conciliar a fé com a ciência moderna, que non foi possíbel no sul da Europa, onde a Igrexa católica, no processo contra Galileu, ganhou a batalha, mas perdeu a guerra, xá que a hostilidade a que nessas paraxens a ciência foi submetida pelo catolicismo provocou a deslocaçón da investigaçón científica para os países do norte. Alguns autores defendem que a referida perseguiçón foi unha das causas do posterior desenvolvimento industrial dessa parte da Europa.
LUIS ALFONSO IGLESIAS HUELGA
.