HANNAH ARENDT (OS DIREITOS DOS OUTROS)

Os “direitos dos outros”, das pessoas expulsas da comunidade política e, portanto do reconhecimento mútuo, som os que están em xogo na própria definiçón do Estado-naçón, nos requisitos que se estabelecerem para reconhecer a pertença em termos de cidadania. O que aconteceu no período entre as duas guerras, considera Hannah Arendt, é que a naçón ganhou a xogada ao Estado, afirmando critérios de pertença em redor da identidade colectiva étnica e excluindo aqueles que non se enquadravam nesses critérios. Por isso, todos os elementos que vimos arrastam problemas non resolvidos, para os quais se apresentará unha soluçón totalitária. A existência de refuxiados e apátridas non é em si própria totalitária -non há motivos para que o sexa-, como non o som os movimentos nacionalistas tribais ou a expansón imperialista económica. Mas esses elementos xerarám “soluçóns” que xá continham características totalitárias, como a violência exercida contra grandes grupos populacionais ou a privaçón de direitos em massa. O problemático legado de “correntes subterrâneas da História” do século XIX aflorou de forma violenta quando um partido totalitário no poder entendeu que, na verdade, as condiçóns para tornar efectiva a máxima totalitária “tudo é possíbel” xá existiam e tinham sido aceites pola sociedade.

CRISTINA SÁNCHEZ

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