
NOS ÂMBITOS DE PLUTÓN
Non há dúvida de que Plutón non tem um comportamento parecido com o dos outros planetas. Non somente é pequeno e obscuro como apresenta movimentos tán variábeis que ninguém pode prever onde estará daqui a um século. Enquanto os outros planetas apresentam unha órbita mais ou menos no mesmo plano, a órbita de Plutón arrebita, por assim dizer, para fora do alinhamento a um ângulo de 17 graus, como a aba de um chapéu atrevidamente levantada. Tem unha órbita tán irregular que, nalguns dos seus traxectos solitários em torno do Sol, acaba por ficar mais perto de nós do que o próprio Neptuno. De facto, durante a maior parte dos anos 1980 e 1990, Neptuno foi o planeta mais distante do sistema solar. Só em 11 de Febreiro de 1999 é que Plutón voltou à faixa exterior, para aí permanecer nos próximos 228 anos. Portanto, se Plutón for de facto um planeta, non há dúvida de que é muito estranho. É minúsculo: tem apenas 0,25 % por cento da massa da Terra. Se o colocarmos em cima dos Estados Unidos, non cobre nem a metade dos 48 estados da parte inferior. Só isto xá o torna bastante anómalo; significa que o nosso sistema planetário consiste em quatro planetas rochosos interiores, mais quatro xigantes gasosos exteriores, e unha bola de xelo diminuta e solitária. Além disso, temos todas as razóns para supor que muito em breve descobriremos outras esferas xeladas ainda maiores no mesmo espaço. E entón é que vamos ter problemas. Depois de Christy ter detectado a lua de Plutón, os astrónomos começarom a observar com mais atençón esse lugar do cosmos, e, em Dezembro de 2002, xá tinham encontrado 600 novos Obxectos Transneptunianos, ou Plutinos. Um deles, a que chamarom Varuna, é quase tán grande como a lua de Plutón, e agora os astrónomos acham que pode haber bilións destes obxectos (entre eles unha espécie de boneco de pedra chamado “Nova Thule”). O problema é que, como som muito escuros, som difíceis de detectar. Em xeral, tenhem um albedo, ou taxa de reflexón da luz, de apenas quatro por cento, o mesmo que o de um pedaço de carvón -sendo que estes “pedaços de carbón” estám a mais de seis mil milhóns de quilómetros de distância.
BILL BRYSON
