BARCELONA

“Barçalona és bonna, si la bolsa sonna! Si la bolsa non sonna, Barçalona non és bonna!” Meus caros amigos, as aparências às vezes enganam. Este sorriso incomparábel, que parece disfrutar às suas largas da cidade, non é de quem pensamos (do nosso amigo Carlos Carpinteiro), mas do famoso escritor Terenci Moix, profundo conhecedor da sua cidade. Neste mundo de confusóns, de sensaçóns e de emoçóns, nasceu Barcelona. Primeiramente, foi unha engalanada e industriosa vila medieval. Logo as muralhas, como resulta habitual, forom desrrespeitadas e deitadas abaixo, sem o menor pudor e inclúso com unha agradábel sensaçón de desafogo. Depois arribarom os que conseguirom fazer-se ricos “industriais”, estes xá demandábam obstentaçón e orgulho pola sua previlexiáda posiçón social. E todos os campados lindantes, forom barbaramente urbanizados, mecenas hábidos de glória puxérom rédea solta à loucura dos arquitectos contemporâneos, ó afán organicista e a barafunda dos materiais constructivos. A cidade conseguía unha personalidade, unha diferênça, algo que era buscado a todo o custo. O golpe de xénio, que deixarom os arquitectos “Modernistas” e “Pós-modernistas”, a estéctica que em Barcelona medrou raízes e inclúso árbores bem conhecidas.

A cidade é acolhedora em extremo, non existem barreiras de nenhum tipo para o visitante. Unha terra que viveu sucessivas ondanádas de emigraçón, e soubo acolher a muitos deles. Oxalá, também consíga sair victoriosa sobre os negócios turísticos modernos, é algo que lhe desexamos grandemente. Sobre as oito da manhám, como filho de qualquer emigrante, estou preparado para o pequeno almorço na “Boqueria”. Às dez horas, há que atravesar o “Barrio Gôtico”. Às duas da tarde, comer (a restauraçón em Barcelona, é unha verdadeira xungla, onde um se pode perder, se non tem a cautela debída), “La Sopeta” perto de “Raval” (típica comida caseira, a um preço razoábel)

Às seis da tarde, tomar algo no “Café de La Opera”. Depois passear polas “Ramblas”, que é o mesmo que incorporar-se a um rio de xentes, no qual passamos a formar parte da corrente humana que non finda. Às sete da tarde, deitar unha olhada à “La Pedrera de Gaudi”, perto do “Ensanche”. O tráfego das ruas ó lonxe, entramos no bulhicioso “Barrio Chino” (a famosa “Casa da Cona”), e a sua lenda de pecados, de misérias e de drogarías emfermizas. Unha subtileza amábel da nossa mala consciência, os agrávios do tempo e a ignomínia da História.

No “Paralelo” o “El Molino”, um cabaret que aguanta os empurróns abruptos da modernidade turística, com os seus velhos asentos de veludo, segue mostrando a concupiscência burguesa. Galegos e Cataláns, som os únicos pobos civilizados da Península. Sei que esta afirmaçón poderá chocar a muita xente, mas, penso non estar muito lonxe da verdade. A elaboraçón de duas “falas” com unha enorme puxanza, podem estar na base deste fenómeno. Futuras “modernidades” esperam a unha cidade eterna, fisicamente confortábel, xá non haberá barcos nem caminhos que te librem de Barcelona!

LÉRIA CULTURAL

Deixar un comentario