
A partir de 1914, os acontecimentos precipitam-se tanto na Europa como na vida do nosso autor. A Grande Guerra rebenta quando ele é nomeado um dos “quarenta imortais” da Academia Francesa, ocupando o cargo do defunto ex-primeiro-ministro Émile Ollivier, que fizera frente a Bismarck na guerra franco-prussiana. É o primeiro membro xudeu (embora non practicante) da história da instituiçón, o que provoca a ira do partido xenófobo Acçón Francesa. Entregue ao seu novo papel e com o apoio dos principais sectores políticos do país, Bergson parte para o estranxeiro como embaixador do espírito francês. As suas conferências na Residência de Estudantes de Madrid, em 1916, som um exemplo da fusón entre a sua filosofia e a propaganda bélica aliada em momentos azíagos para a Europa. Frente à barbárie mecanicista encarnada, unha vez mais, pola unión “abstracta, pobre e vazia” da Prússia e das potências do Eixo (“desenvolvimento de algunhas ideias do grande filósofo Hegel, postas em práctica depois dele em condiçóns que ele talvez non tenha previsto completamente”), os Aliados, reunidos em torno da França, representam a diversidade de personalidades, a riqueza e a bondade moral. Non é unha guerra entre Estados, mas entre ideais de unificaçón da humanidade. É Ollivier contra Bismarck; o Direito contra a brutalidade mecânica. O estado de ânimo dos soldados franceses é inclusivamente comparado com o dos grandes místicos. Polo contrário, as potências centrais pretendem “fazer retroceder a Europa ao tempo dos grandes impérios asiáticos”.
ANTONIO DOPAZO GALLEGO