
Safo nasceu probabelmente sobre o 630, na cidade de Ereso, costa occidental de Lesbos, mas ao parecer passou a maior parte da sua vida em Mitilene, a principal cidade da ilha. Estívo exiliáda em Sicilia durante algúm tempo, no período entre 604-603 e 596-595, polo qual é probábel que a sua família ou a do seu marido, tivéram que ver com os asuntos políticos de Lesbos (no fragmento 71 aparece falando com hostilidade da nobre família de Pentilo, no seio da qual se casou o político Pítaco. No fragmento 58, podería referir-se à sua própria velhice, afirma-se que Ródopis, a cortesán com a qual esteve relacionado o seu irmán Caraxo, tivo o seu esplendor baixo o reinado de Amasis de Exípto, que chegou ó trono em 568 a. C. A Suda relata que o seu marido, Cercilas, era um rico comerciante de Andros, mas pensou-se que o seu extranho nome e a sua procedência se deben a algúm escritor cómico. Seguro é, que tivo unha filha, da que fala com afecto na sua poesía. O amor é o mais importânte dos seus temas, e a miúdo expressou fortes sentimentos homosexuais. O seu público estaría composto usualmente de um círculo de mulheres e raparigas: No fragmento 160, onde afirma “Agora cantarei estes versos belamente para deleitar ós meus companheiros”, o termo usado para “companheiros” indica que eram mulheres. Pode que ensinara as suas artes poéticas e musicais a membros do seu grupo: a Suda menciona a três “alumnas”, todas de ultramar, e um comentarista da sua poesía afirma que educou à flor e nata das raparigas locais e também às procedentes de Xónia; a referência a “a casa das que serven às Musas”, suxére algúm tipo de asociaçón literária, ainda que informal. As suas amigas eram cantoras, e sabemos que había grupos rivais. Só unha pequena parte da sua obra parece pensada para um público mais grande: epitalamios, talvés escrítos para casamentos autênticos e para o culto de Adonis. Algúm estudoso alexandrino repartíu os seus poemas em nove libros, seguindo principios métricos, e o libro noveno continha os epitalâmios excluídos dos outros libros por motivos métricos. Só o primeiro libro tinha 1320 versos, é dizer, 330 estrofas sáficas, talvez 60-70 poemas, mas o libro oitavo era só unha décima parte do primeiro. Somênte conservamos um poema completo seu, a plegária a Afrodita, mas temos partes substânciais de unha dozena mais. O poema completo, conservou-se no texto de Dionisio de Halicarnaso, como exemplo de estilo “pulido e exhuberante”:
“Inmortal Afrodita, de policromo trono, filha de Zeus, trenzadora de enganos, eu te suplico que non domes, Senhora, o meu ânimo com penas nem angustias, senón que venhas aquí, se algunha vez no passado ouvíste a minha voz desde lonxe e asentíste e viéstes, deixando a casa dourada de teu pai, com o carro uncído: fermosos gorrións lixeiros de asas zumbantes e de batido rápido trouxérom-te sobre a escura terra desde o Céu a través do ar médio, e chegarom logo; e tú, bendita, com unha sorrisa na tua cara inmortal perguntás-te que me tinha passado esta vez e por quê te chamei esta vez e que é o que no meu enlouquecido corazón desexaba mais que me sucedera: “A quem tenho que convencer esta vez para que te corresponda com o seu amor? ¿Quem te preocupa, Safo? Se ela escapa, pronto te perseguirá; se non recebe ofrendas, quê: ofertas dará a câmbio; se non ama, pronto amará incluso em contra da sua vontade”. Vem a mim agora de novo e libérame das angustias opressoras; cumpre com tudo o que o meu corazón desexa, e tu mesma sé minha companheira de luta.”
P. E. EASTERLING E B. M. W. KNOX (EDS.)