
Non lhe faltam tampouco as suas lendas, especialmente as que apresentam concavidades, que simulam um asento ou cadeira. Nos séculos médios existia em Finisterre, na mesma pedra em que, segundo o viaxeiro alemán xá citado, se viam impressas as marcas do Apóstolo, unha espécie de cadeira na qual estabam sentados San Xoán, San Pedro e Santiago, tendo “diante e aos lados o bravo mar” que os circundaba por três partes. Nas confusas palabras deste escritor, bem se transparenta um antigo e desconhecido uso sagrado da dita pedra, perpectuando-se nela unha curiossíssima tradiçón tocante ao mito do Sol, que naqueles mares, se oculta e morre nas turbulentas ondas do cabo. “Dous dias antes de chegar à referida pedra por mar, os marchantes e peregrinos impelidos polo vento e as correntes, ván à estrelar-se contra a rocha. Ningúm deles volta a ver a sua pátria. Aquí pois, acaba a áuga e a terra.” É dizer, aquí acaba o mundo, aquí começam as eternas sombras do Erebo! De igual importância que a de Finisterre é a titulada “A seda d’os reis”, que se atopa nos montes de Manín (Ourense), non só por se sentarem nela os reis de Espanha e Portugal e cada um no seu território, senón porque é de suspeitar que repousa esta tradiçón noutra mais lonxána, fonte e orixem talvés doutra non menos notábel que refére o P. Castro e toca o fabuloso Gatelo, de quem escrebe o nosso douto franciscano, que habendo arribado à Corunha e fundado um reino, “para fazer-se mais temido e mais respeitado o seu solio, fixo-o de unha pedra de extranha corpulência. Decia que aquela pedra estaba fadada polos deuses, que de ela dependia a conservaçón da sua coroa e de quantos desexásem igual fortuna”.
MANUEL MURGUÍA




















