
AS VERSÓNS BASEADAS NO AXUSTE PERFEITO (FINE-TUNING) E NA COMPLEXIDADE IRREDUCTÍBEL.
No último século, o conhecimento científico progrediu bastante e revelou a existência de características do mundo orgânico e inorgânico que parecerom a algúns cientistas, sobretudo físicos e biólogos, demasiado extraordinárias para poderem ser explicadas apenas com base nas leis da natureza. Isso esteve na orixem de novas versóns do argumento do desígnio, que têm por base as noçóns de “princípio antrópico”, “axuste perfeito” e “complexidade irreductíbel”.
O AXUSTE PERFEITO E O ARGUMENTO ANTRÓPICO-TELEOLÓXICO.
A ideia por detrás desta versón do argumento é simples. As descobertas em astrofísica, cosmoloxia e bioloxia reveláram a existência de um número significativo de constantes cósmicas, aparentemente arbitrárias (isto é, que non podem ser determinadas a partir das teorias e tenhem, polo menos por agora, de ser determinadas empiricamente), sem as quais o nosso universo seria impossíbel. Estas constantes revelam um axuste de tal forma perfeito, que alguns cientistas e filósofos se recusam a aceitar que este sexa unha mera coincidência e que, por conseguinte, o universo tenha orixem num grande número de acontecimentos acidentais. Isso levou-os a pensar que essas constantes tenhem por causa um ser pessoal, o único tipo de ser capaz de produzir esses resultados. Dá-se a este argumento o nome de “argumento antrópico-teleolóxico”, por se basear no princípio antrópico, segundo o qual o universo tem de ser tal que permita a existência de seres conscientes. Unha interpretaçón fraca deste princípio limita-se a afirmar que se as condiçóns iniciais do universo fossem outras nós non existiríamos e é, em sí, relativamente trivial. Mas há outra interpretaçón, que realça o axustamento destas condiçóns para a existência da vida e chama a atençón para o facto de unha lixeira variaçón nos seus valores dar orixem a um universo completamente diferente, suxerindo que é muito improvábel que a existência humana resulte de unha evoluçón acidental. Esta interpretaçón forte do princípio afirma, de maneira muito mais controversa, que nós, os observadores, estamos cá porque o universo foi feito intencionalmente de modo a permitir a existência de seres humanos.
DAVID HUME