
¡Eternamente bello esse arco triunfal do chán americano! Parece que o mar tivéra sído atraído para aquela enseada por um canto irressistíbel e que, ao beixar o pé dessas montanhas cobertas por bosques, ao reflexar nas suas águas as árbores do trópico e os elegantes contornos dos cerros, cuxas cimas se desenham sobre um céu profundo e puro, linhas de unha delicadeza exquisita, o mesmo mar tería sorrído desarmado, perdendo o seu cenho adusto, para cair adormecído no seio da armonía que o rodeia. Xamais contemplámos sem emoçón este quadro, e non se concebe como os homes que vivem constantemente baixo este espectáculo, non tenham o seu espírito modelado para expressar em altas ideias, todas as cousas grandes do céu e da terra. (…) Sobre as costas que banha a bahía de Rio de Xaneiro, o sol cái aterrador em capas de fogo, o aire corre abrasado, os despoxos dunha vexetaçón luxuriosa fermentam sem repouso e a sábia da vida empobrece-se no organismo animal. Assim sendo, baixáde do barco, que se balancêia nas águas; na terra os cocoteiros e as palmeiras, as bananeiras e os dáctiles, toda essa flora característica dos trópicos, que fai entrar polos olhos a sensaçón de um mundo novo; talvés acreditáis encontrar na cidade unha atmósfera de flores e perfûmes, algo como o que se sente ao aproximar-se de Tucumán, por entre bosques de loureiros e laranxeiras, ou ao pisar o chán da bendecída ilha de Tahití… ¡Nunca vos afasteis do porto! ¡Saciáde as vossas miradas com esse quadro incomparábel e non baixeis para perder a ilusíon, na aglomeraçón confusa de casas raquíticas, ruas estreitas e súxas, cheiros nauseabundos e atmósfera de chumbo!… Rápido, cruzai o lago, trepade os cerros e para Petrópolis. Senón, para Tijuca. Petrópolis é mais grandiosa, e os quadros que se desenvolvem na magnífica ascensón, non tenhem igual em Suíça ou nos Pirineos. Mas. prefíro aquel ponto perdido no declíve de duas montanhas, que se recostam perezosamente unha nos brazos da outra, prefíro Tijuca com o seu selêncio delicioso, as suas brisas frescas, as suas cachoeiras cantando entre as árbores, e aqueles rápidos golpes de vista que de pronto surxem entre a soluçón dos cerros, nos quais passa rápidamente, como em diorama xigantesco, a bahía enteira com as suas ondas de um azul intenso, a cadeia caprichosa da ribeira esquerda, as ilhas verdes e elegantes, a cidade enteira, bellissíma desde a altura. Non chega aquí o ruído humano, e essa calma calada fai que o coraçón busque instintivamente algo que alí falta: um espírito simpático que goce á par nossa, a voz que acarície o ouvído com o seu timbre delicado, a cabeça querida, que busque no nosso peito um refúxio contra a melancolía íntima da solidón…
MIGUEL CANÉ (EN VIAJE, 1881 – 1882)