CANÉ, Miguel (Montevideo, 1851-1905). De orige argentino, o seu pai exiliou-se no Uruguay, onde nasceu Miguel. Xornalista e home de letras arxentino, cuxo diestro toque ilumina ainda as suas primeiras tentativas literarias: “Ensayos” (1877), “Charlas literarias” (1879), “Notas e impresiones” (1901) e “Prosa ligera” (1903). Cané está considerado o autor mais importânte da xeraçón de 1880. Recorda-se especialmente por unha autobiografía na qual relembra os seus anos escolares, “Juvenilia” (1884), publicada o mesmo ano que o seu importânte libro de viáxes “En viaje”.
CÁNCER Y VELASCO, Jerónimo de (Barbastro, c. 1594-1654). Autor teatral e poeta. De família nobre vinda a menos, encontrou proteçón xunto dos condes de Luna e de Niebla. Foi amigo de algúns dos dramaturgos mais importântes do seu tempo: Moreto, Pedro Rosete Niño e Antonio de Huerta. Improvisador inxenioso e intelixente, que sobresaía nos xogos de palabras ao estilo conceptista e nas sátiras à maneira de Quevedo. Fray Andrés Ferro de Valdecebo no “El templo de la fama” afirmou que foi único na arte de retrucar e o primeiro em fazê-lo com a alma. As únicas obras teatrais que fixo sem colaboraçón alheia forom: “La muerte de Baldovinos” (prohibida pola Inquisición em 1790) e “Las mocedades del Cid”, âmbas em tôn burlesco. O resto das suas obras forom escritas em colaboraçón com outros autores, que non sempre eram os mesmos, como mais adiante veremos. Cada autor escrebía um acto. Entre outras, citaremos, com a colaboraçón de Matos e Moreto: “Caer para levantar”, “El bruto de Babilonia”, “Hacer remedio el dolor” e “La adúltera penitente”. Com Rosete e Martínez escrebeu: “El arca de Noé” e “El mejor representante san Ginés”. A maioría destas obras oscila entre a imitaçón de outras, e a inspiraçón, ainda que a maior parte delas caracterizam-se por ser pedestres, escritas únicamente para ganhar dinheiro de unha forma rápida. As suas “Obras varias” aparecerom em duas ediçóns, muito diferêntes em contído, âmbas em 1651. Outras obras forom recolhidas na “BAE” (1850, vol. XIV) e a sua poesía, em “BAE” (1857, vol. XLII),