
OBRAS TÉCNICAS DA PROSA LITERÁRIA
Unicamente o tipo de prosa menos pretenciosa está representada por unha obra que sobrevivéu mais ou menos completa. “De agri cultura”, de Catón, foi escrita alá polo 160 a. C. aproximadamente, quando Itália em conxunto começaba a recuperar-se dos piores efeitos das Guerras Púnicas e quando tinham lugar câmbios radicais no cultivo da terra. No breve prefácio ouvímos a voz didáctica de Catón, o estadista e orador; o seu propósito é didáctico e dirixe-se ao home com dinheiro para invertir. Depois de haber comparádo brevemente o proveito e a seguridade da agricultura, respeito do negócio bancário e comercial, e de ter recomendado a maneira de vida do agricultor, Catón parece dizer-nos: “Basta de eloquência, vamos agora às questóns de negócios.” No que segue temos mezcolança de princípios, notas, receitas, instruçóns e conselhos salteados com apotegmas. Catón non intenta um tratamento sistemático. A obra em conxunto carece do tipo de organizaçón estructural que encontramos imposta incluso artificialmente, ponhamos como exemplo nas “Res rusticae” de Varrón ou na anónima “Rhetorica ad Herennium (perto do 80 a. C.). É unha obra para submerxir-se nela, non para lê-la como um conxunto contínuo, e excepto em aparência, carece do carácter de um manual técnico grego, um xénero humilde mas bem estabelecido, ao que contribuíron os matemáticos, filósofos e “philologoi” helenísticos. Catón pode ser muito preciso dando quantidades para unha receita ou a fórmula máxica exacta para um ritual ou um ensalmo, mas quando trata de descreber unha prensa de azeite xá tem menos êxito, pois, ainda que dá dimensóns precisas das partes, omite a explicaçón adequada de todos os seus termos técnicos e non emprega, como podería tê-lo feito, diagramas com letras à maneira de um Arquímedes ou de um Filón Mecânico. Para nós e para xeraçóns posteriores de romanos, unha qualidade notábel do libro é a pintoresca impressón da personalidade do seu autor, a sua sinceridade provocadora (por exemplo, o seu conselho sobre como elexir e controlar a um administrador e que fazer com um escravo velho, os seus entusiasmos (por exemplo, polas couves como panacea.), a sua mistura de forte mundanidade e de crédula superstiçón, a sua actitude autoritária e o seu respeito polas “mores maiorum”. A falta de organizaçón formal podería explicar-se só até certo ponto como debída às vicisitudes de transmissón e interpolaçón que nos recorda de variádos modos as características da “satura” dos poetas. Esta era só unha das varias monografías ou tratados sobre temas prácticos de importância social que escrebeu Catón. Alguns deles estabam dirixidos como cartas mais ou menos abertas ao seu filho Catón Liciniano, nascido ao redor do ano 192 a. C.
E. J. KENNEY E W. V. CLAUSEN (EDS.)