Arquivos diarios: 25/02/2023

DAVID HUME (DIÁLOGOS SOBRE A RELIXIÓN NATURAL)

O ARGUMENTO DO DESÍGNIO NA FILOSOFIA DA RELIXIÓN E NAS CIÊNCIAS CONTEMPORÂNEAS.

O efeito conxugado das críticas de Hume e do darwinismo, levou muita xente a pensar que o argumento do desígnio tería de ser definitivamente abandonado. Mas, nem todos pensam dessa maneira. Alguns reconhecem que a versón do argumento que Hume discute nos “Diálogos” e que William Paley apresenta em “Teoloxia Natural” quedou sériamente afectada por essas críticas, mas ou xulgam possíbel reformulá-las de maneira a evitar os seus efeitos ou xulgam haber factos que só podem ser explicados recorrendo à ideia de um criador intelixente. A versón do “argumento do desígnio” de Richard Swinburne é um exemplo do primeiro tipo e os “argumentos antrópico-teleolóxicos” e da “complexidade irreductíbel” som exemplos do segundo, Como o argumento do desígnio é de lonxe o principal tópico dos “Diálogos” e continua a estar no centro do debate em filosofia da relixión, iremos considerar brevemente algunhas dessas respostas.

A VERSÓN DE RICHARD SWINBURNE

Swinburne pensa que há dous tipos de ordem no universo: a “ordem espacial”, a que também chama regularidades de co-presença, e a “ordem temporal” ou , de sucessón, como as leis de Newton. A versón do argumento de Hume tem por base a complexidade dos obxectos naturais, sendo, por isso, um argumento que se baseia na ordem espacial. Darwin, ao mostrar como a complexidade dos organismos tem orixem nas forças cegas da natureza, embora non tenha destruído completamente esta versón do argumento, tornou-a, muito fraca. É, no entanto, possíbel construir unha versón muito mais forte -unha versón que non sexa afectada nem pela crítica de Hume nem pelo darwinismo- tendo por ponto de partida, non a ordem espacial, mas a ordem temporal. Como a existência deste segundo tipo de ordem é extraordinária, pois o universo poderia non obedecer a qualquer lei, é preciso explicar as leis da natureza, ou melhor, o facto de o universo se comportar de acordo com essas leis. Ora, a ciência non pode explicar estas regularidades, porque a explicaçón científica faz-se sempre por intermédio de outras leis da natureza e son precisamente essas leis que é preciso explicar. Portanto, ou as aceitamos como um facto bruto e inexplicábel ou temos de encontrar outro tipo de explicaçón. Swinburne pensa que existe outro tipo de explicaçón, a que chama unha explicaçón de tipo pessoal: Deus. Como Deus é a explicaçón mais simples -mais simples, por exemplo, que o universo, que tem muitas características que exigem explicaçón-, é, por isso, a explicaçón mais provábel

DAVID HUME