
Corria o ano de 1478. Naquele momento, o governo de Florença estaba nas máns de Lourenço de Medici, um príncipe “magnífico”, mas um péssimo banqueiro. Lourenço neglixenciou os negócios em prol da arte, e a inexorábel concorrência na banca reforçou-se ao ponto de os Pazzi se tornarem banqueiros e validos do papa. E, como acontece com regularidade, os Pazzi planearam chegar também ao governo de Florença, aproveitando o apoio de Sua Santidade. A forma escolhida para dar o golpe de Estado é unha proba da brutalidade do período e non destoaria dunha hipotéctica quarta parte de “O Padrinho”. A conxura dos Pazzi pretendía assassinar Lourenço de Medici e o seu irmán Juliano na catedral de Santa Maria del Fiore, durante a missa de domingo de Páscoa. O magnicídio debía acontecer precisamente ao sinal combinado. Coordenadamente, no momento em que o pároco se preparaba para elevar a hóstia durante a consagraçón, vários dos homes dos Pazzi, incluindo um sacerdote, puxaram das suas adagas e começaram a apunhalar os Medici. A crueldade dos atacantes foi tal que um deles desferíu um golpe… na própria perna! O rebuliço que se seguíu precedeu ó assombro xeral. Rapidamente se verificou que o ferido mais grave era o irmán do Magnífico, Juliano, apunhalado dezanove vezes até à morte. Em contrapartida, Lourenço conseguíu escapar com feridas de menor gravidade graças, sobretudo, à axuda prestada por um amigo poeta, exímio com a espada tal como com a pluma. À mesma hora em que isto acontecía na igrexa, o arcebispo de Pisa, de conluio com os Pazzi, tentava assaltar o poder do Palazzo Vecchio, sede da “Signoria”. Mas o levantamento fracassou e os conspiradores forom executados. O mesmo arcebispo acabou pendurado nunha das xanelas do palácio, ataviádo com o seu hábito relixioso, enquanto o velho Francisco de Pazzi foi arroxado por outra das xanelas, igualmente atado a unha corda. Os restantes conspiradores forom linchados, arrastados e mutilados por unha multidón enfurecida, que protagonizou unha violenta reaçón em massa a favor dos Medici. Como resultado, Lourenço de Medici continuou no poder e reaxíu endurecendo as suas políticas. Só a terríbel purga dos Pazzi custou quase unha centena de vidas.
IGNACIO ITURRALDE BLANCO