
RESTOS DE UM CULTO FÁLICO
H. Martin menciona os de “Plouharzel” e a rocha denominada “Men-ar-Dragon”. Também em Portugal, sobre tudo naquela parte que cai dentro do antigo Convento Bracarense, encontramos tán especial superstiçón. Leite Vasconcelos, (Trad. populares de Portugal), fala de unha pedra na Serra de Santo Domíngos, perto de Lamego, que ainda conserva este prestíxio a olhos dos camponêses. Rialle, “La Mythologie comparée”, toma todas estas costûmes e as que se lhes parecem ou com elas se relacionam, como manifestaçóns do antigo culto fálico. Com este motivo recorda o “menhir” de “Bourg d’Oneil”, ao qual se abrazam as mulheres estéreis para ser fecundadas. Afirma que nos Pirineos encontra-se a pedra de “Pourbeau”, a cuxo abrigo tenhem lugar escenas relativas ao matrimónio, e entorno da qual Terça Feira de Carnaval se executam certas danças pouco conformes com o pudor. A costûmes análogas debe referír-se unha especial cançón portuguesa citada por Vasconcellos: Tres voltas dei ao penedo/ Para namorar José:/ Namorei-o em tres dias,/ Valeu-me á min dar ao pé. Esta virtude de proporcionar às moças portuguesas o noivo que desexam, non é a única virtude que albergam os penedos, há outras muitas mais a que a tradiçón popular oferta as suas simpatias. Há também outras que fán que acuda aos peitos da mulher, quando carece del, o leite que necesita para criar os seus filhos. Ora, ofertan um felíz alumbramento às que se encontram em estado interesante, ou indicam às doncelas que as interrogam o tempo que tardarám em casar-se. Como se vê, todas as superstiçóns unidas a estas pedras milagreiras, e que están relacionadas com o matrimónio e a fecundidade: poderám ser consideradas como restos de um culto fálico. Na Galiza som muito abundantes, non só as penas milagreiras, senón também xurídicas, com o qual podería probar-se facilmente, que para os nossos antepassados forom simbólicas; pedras consagradas polo uso para estas ou aquelas cerimónias relixiosas (ou como marcos territoriais). Conta Villemarqué (Barzas-Breiz) que na Bretanha dos tempos médios o Reitor da aldeia bendecía o leito dos desposados, estando eles sentados ou deitados nele, “sedentes vel jacentes in lecto suo”, como marcaba o ritual. Ao mesmo tempo pedía aos céus baixar sobre os esposos todos os dons do universo, principalmente o da fecundidade. Esta costûme, púido existir também em muitos lugares da Galiza, onde em tempos medievais, non se dava por sancionado o matrimónio mentras os esposos non se deitavam no leito nupcial.
MANUEL MURGUÍA