Arquivos diarios: 10/02/2023

LEIBNIZ (UNHA ACADEMIA DAS CIÉNCIAS NA ALEMANHA)

No início de 1679, Leibniz propôs ao duque de Hanóver financiar o seu grande proxecto da “Característica Universal” (ao qual me referirei no quarto capítulo deste libro), em que era pedida a colaboraçón de vários cientistas para o levar a cabo com sucesso, mas non obteve a sua aprovaçón. Pelo contrário, o duque ordenou-lhe que se encarregasse de escreber diferentes memorandos sobre a forma de melhorar a administraçón pública, a organizaçón de arquivos, a práctica da agricultura, o trabalho nas quintas e a exploraçón das minas. Foi precisamente durante unha viaxem de inspecçón aos trabalhos de extraçón de carvón em Harz, no início de Xaneiro de 1680, que Leibniz recebeu a notícia da morte do duque, a quem sucederia o seu irmán Ernesto Augusto (1680-1698). Este sería um dos mais importantes senhores da Casa de Hanóver, que porá à proba a perícia de Leibniz como enxenheiro nos montes de Harz (1680- 1684) e o incumbirá de fazer um estudo histórico sobre as orixens da sua família (Brunsvique-Luneburgo), trabalho que o nosso autor aceitará em 1685 em troca de um salário vitalício (em vez da quantia mensal de 600 táleres que recebía até entón). Assim, a partir de Agosto desse ano, estabeleceu-se um contracto através do qual Leibniz atinxía a sua desexada estabilidade económica, mas que também o condenaba a um trabalho longo e pesado do qual se lamentou durante o resto da sua vida, pois impedia-o de dedicar mais tempo às investigaçóns filosóficas e científicas, bem como às actividades político-relixiosas. Só o início do trabalho como historiador o apaixonou verdadeiramente, visto que teve de recuar até à pré-história, incluindo estudos xeolóxicos (o seu “Protogaea” é desta dacta), à orixem da língua alemán, às relaçóns entre os povos primitivos, etc. No entanto, é impossíbel resumir em poucas páxinas a grande quantidade de proxectos e escritos sobre os mais diversos assuntos que apareceram neste período, no qual Leibniz se ocupou também intensamente de questóns políticas, visando, por um lado, a reunificaçón das igrexas na Alemanha e, por outro, a prosperidade do ducado de Hanóver. O primeiro dos seus propósitos fracassou, como veremos no penúltimo capítulo; porém, conseguíu alguns êxitos significativos na sua xestón diplomática próxima do imperador, como, por exemplo, que o ducado de Hanóver passasse a ser eleitorado, o que implicou unha mudança significativa na Côrte da Baixa Saxónia. Convencido de que o equilíbrio e a prosperidade dos “Länder” alemáns eram necessários para criar unha potência cultural e cientificamente relevante na Europa, Leibniz também se dedicou a promover a criaçón de revistas académicas, onde investigadores e pensadores pudessem dar a conhecer as suas reflexóns e descobertas; neste sentido, incentivou Otto Mencke a fundar em 1682 a “Acta Eruditorum”, revista mensal interdisciplinar que debia seguir os passos do “Journal des Savants” francês e que, efectivamente, em pouco tempo ficou ao seu nível, e da revista inglesa “Transactions”, promovida pola Royal Society. Na verdade, o que Leibniz ambicionava era o apoio dos governantes para a criaçón de academias de ciências na Alemanha.

CONCHA ROLDÁN