
A VIDEIRA CARIÑENA
É unha das variedades mais antigas das cultivadas na península, concretamente no Campo de Cariñena, de onde recebe o seu nome. Segundo Alain Huets de Lemps, tem-se constância de que esta variedade também chamada “mazuela” ou “Mazuelo” na Rioja, xá se cultivaba em Nájera em 1562. A história sitúa-a principalmente na zona de Aragón, Tarragona, o Priorato e a Rioja, ainda que na actualidade a maior extensón de prantaçón está concentrada em Tarragona. Passou a França, extendendo-se polos Pirineos Orientais e o Aude, onde se asentou baixo o nome de “carignan” ou “carignane”, até convertirse na cepa mais característica dos vinhos do “Midi”, em companhía da “cinsaut” e a “garnacha”. Chamada na América “a uva do agricultor”, debído ao seu vigor e altos rendimentos. Os vinhos mais característicos e com maior carácter elaborados com esta variedade, están localizados em terrenos pizarrosos do Priorato, xeralmente misturados com a “garnacha”. Som os característicos vinhos de mesa tintos xovens, que facilmente podem alcançar os 13 gráus. Vinificados em monovarietal oferecem vinhos de aroma bastante lixeiro, com leves predomínios florais de violeta, mas em contrapartida tenhem côr e abundância de taninos, o que os fai idóneos para reforzar outros tintos.
LUGARES ONDE SE PODEM COMPRAR

Carlos Pastrana e a sua mulher Mariona Jarque, que forman o grupo dos cinco pioneiros responsábeis polo retorno dos vinhos do Priorat, som proprietários da adega Costers del Siurana, cuxo nome significa “costas do rio Siurana”. Costers del Siurana foi fundada em 1987, a primeira colheita foi em 1989. Mas os Pastrana, desde a década de 1970, xá recuperaram velhos vinhedos, prantaram novas variedades de uva e restaurarom propriedades históricas como o Mas d’en Bruno. Utilizan só uvas dos seus vinhedos em seco. Nunca usam pesticídas nem productos químicos e sempre elaboram os seus vinhos com as mesmas variedades de uva. O “Clos de l’Obac” é diferente do resto dos Priorat, com unha maior tendência para o refinamento e menos côr e concentraçón, um Priorat mais elegante. O de 1995 segue sendo o melhor exemplo. Oferece unha abundância de notas balsâmicas, minerais e garrigas, com muito corpo mas bem equilibrado e elegante com cedro e eucalípto no longo e satisfactório final.
…

A família de adegueiros de Mas Doix decidíu elaborar e engarrafar o seu próprio vinho, e convertíu-se no melhor da sua zona e foi aclamado em todo o mundo. As adegas, som o proxecto das famílias Doix e Llagostera, viticultores durante cinco xeraçóns, que começou em 1998 quando Ramón Llagostera se fixo cargo do negócio. Vinte hectáreas de vinha em Poboleda, Priorat, prantádas com as variedades de uva tradicionais: cariñena e garnacha, ademais de algo de syrah, cabernet sauvignon e merlot. O “Costers de Vinyes Velles”, procede das vinhas mais antigas, de entre setenta e cem anos de idade, nunha proporçón aproximada de cinquenta por cento de cariñena e outro tanto de garnacha, seguída de unha pequena quantidade de merlot. O vinho da colheita de 2004, tem unha côr muito escura. O aroma, de boa intensidade, mostra grande quantidade de frutos do bosque maduros, com carbalho tostádo muito bem integrádo no fundo. Em boca apresenta muita extructura, boa acidez e intensidade frutal. Resulta bastânte tânico na sua xuventude, mas os quinze gráus están bastânte dissimulados em densa fruta, glicerina e acidez.
…

Lluís Llach é um dos cantautores mais importântes em fala catalán, assim como um autor comprometido politicamente e, desde mediádos da década de 1990, um productor vinícola de Porrera, pobo de veraneo durante a sua infância. Depois da revitalizaçón da cooperativa local com a Adega Cims de Porrera, fundou xunto com o seu amigo da infância, Enric Costa, a sua própria adega: Celler Vall Llach. Tanto Cims de Porrera como Vall Llach elaboran os seus tintos maioritariamente com uva cariñena, procedente de costers de licorella que rodeiam o poboádo. Actualmente, a adega saca três vinhos. Por encima de Embruix e de Idus, a xóia da coroa é o próprio Vall Llach, dous terços do qual se elabora com vinhas centenárias de cariñeña e um terço de merlot e cabernet sauvignon. O Vall Llach 2004 foi unha colheita excepcional do Priorat. Com a sua côr xinxa intenso, nariz de baias negras, grafito e tostados. Impresiona pola sua boca perfeita, com enorme amplitude, potente, elegante, armonioso e persistente. É um dos grandes vinhos do Priorat.

Na década de 1980 René Barbier era director de vendas da adega Palacios Remondo da Rioja. Xunto com o xóvem Álvaro Palacios expandíam os vinhos da família por todo o mundo. Ambos tivérom a ideia de fazer um vinho próprio de talla mundial, nunha rexión nova: o Priorat. Alí criárom, respectivamente, Clos Mogador e Clos Dofí (posteriormente , Finca Dofí, pois estrictamente non é um clos). Mas Álvaro quería dar um paso mais. Explorou a zona, até que encontrou o vinhedo adequado: L’Ermita, prantado principalmente com cepas velhas de garnacha que crecem libremente, complementadas com algo de cariñena e um pouco de cabernet sauvignon. É unha ladeira aterrazada de pizarra em descomposiçón, conhecida no lugar como “llicorella”, que confere ao vinho um carácter mineral. Palacios conseguíu em 2000 que L’Ermita adquiríra um equilíbrio magnífico. O vinho tem unha côr granáte escuro, um aroma complexo e intenso com notas florais e minerais (grafito), e abundam nele as frutas escuras e maduras. Rico e carnoso em boca, nítido e preciso, áxil e pleno, com um retrogusto muito longo. É com xustiza o vinho mais caro do país.
LÉRIA CULTURAL