
Em Bilbao, o Villán contou-me que repartía leite, desde as quatro da manhán, até às duas do meio dia ou mais, depende do dinheiro que necesitára. Deixar a Laboral para fazer-se leiteiro, tampouco parecía unha decisón afortunada ou brilhante. Trabalhaba em “Leche Ona”, onde todos eram de Burgos, de Palencia, de León, putos “maketos” todos! O dinheiro, puta miséria: unhas mil pesetas à semana. E isso à força de horas e horas; e de descargar pola tarde camións de pulpa para alimento das vacas. Isso sím, podías beber quanta leite quixéras; sempre se partíam garrafas e isso eram pérdas previssíbeis. Que fossem averiguar, se foram rotas ou se tinham roto, se había sído accidente ou intençón manifésta. Com leite, e uns bocatas que te afanábas nas tendas, ías tirando. Quase todos os tendeiros eram “paisanos”, igual que as empregadas da secçón de engarrafamento da central leiteira. O “paisanaxe” sempre estaba disposto a deitar unha mán. Tudo isto, que me tinha contádo o Villán, veio a conto daquel “marica” abacial da Academia de Preparaçión Múltiple que me dixéra “lo siento usted no es catalán”! Aquel “manflorita” imbecíl inicíou um discurso sobre a colonizaçón idiomática que exercíam os “charnegos”. Como se os “charnegos” fósemos um exército invasor, o qual era a primeira vez que o escutaba e non era comúm que se dixéra por entón. Agarrei unha cadeira, e atireilha à cabeça. Acabou-se o discurso! Houbo um tempo em que, cada vez que o Barça xogaba contra um equipo mesetário, ou de onde fosse, ainda que fora estranxeiro, rezaba para que lhe metessem unha dúzia: um por cada xogador, outro para o treinador e a Virxem renegrida, que chamam “Moreneta” e que seguro, tinha a culpa de tudo o que me ocurría em Catalunya. Toma colonizaçón! Ainda que esta peripécia do latim, fora anterior a outras ocupaçóns, mas vêm-me agora à memória a raíz do encontro com o Villán.
JAVIER VILLÁN E DAVID OURO