Arquivos diarios: 30/11/2022

ESCRITORES HISPÂNOS (ANTONIO BUERO VALLEJO)

BUERO VALLEJO, Antonio (Guadalajara, 1916). É o autor teatral espanhol mais significativo da sua xeraçón. Quase ao inicio da guerra civil espanhola interrompeu os seus estudos para enrolar-se no serviço médico do lado republicano. Foi encarcerado por motivos políticos desde o final da guerra até 1945. Pouco depois da sua liberaçón, começou a escreber teatro. Em 1949, as primeiras duas obras ganharom prémios importântes: o Premio Lope de Vega por “Historia de una escalera”, drama social de grande profundidade, e o drama em um acto “Palabras en la arena”, sobre o adultério e a necessidade de perdoar. O seu segundo drama largo foi “En la ardiente oscuridad” (escrito em 1946, estreádo em 1950), de corte existencialista. “La tejedora de sueños” (1952) basada na história de Penélope, durante a sua larga espera e na desilusón ao enfrentar o regresso de Ulisses. A estes seguem obras de menor calado: “La señal que se espera” (1952), “Casi un cuento de hadas” (1953), “Madrugada” (1953), “Irene o el tesoro” (1954) e “Hoy es fiesta” (1956). “Las cartas boca abajo” (1957), sobre o fracasso e a frustraçón, resulta unha obra mais lograda. Buero começou a escreber dramas históricos com “Un soñador para un pueblo” (1958), que trata do fracasso de Esquilache ao intentar modernizar España durante o reinado de Carlos III. “las meninas” (1960) é unha explêndida fantasía velazquiana que utiliza a experiência do autor como pintor. “El concierto de San Ovidio” (1962) situádo no París prerrevolucionário. Depois vinherom “Aventura en lo gris” (1963), “El tragaluz” (1967), “La doble historia del doctor Valmy” (estreáda em Chester em 1968), “El sueño de la razón” (1970) e “Llegada de los dioses” (1971). Ganhou numerosos prémios pola sua labor. Traducíu “Hamlet” de Shakespeare e “Mutter Courage” de Berthol Brecht. Foi considerado um autor polémico, sobre tudo do lado da sociedade espanhola mais conservadora. Non obstânte, em palabras de G. G. Brown, trouxo seriedade e dignidade à escena espanhola actual.

OXFORD

ESCRITORES HISPÂNOS (SALVADOR BUENO MENÉNDEZ)

BUENO MENÉNDEZ, Salvador (La Habana, 1917). Crítico literário e historiador cubano, escrebeu para a UNESCO “Contorno del modernismo en Cuba” (1950) e “Medio siglo de literatura cubana 1902-1952” (1953). Editou unha “Antología del cuento en Cuba, 1902-1952” (1953), publicou a “Historia de la literatura cubana” (1954) e contribuíu com um ensaio sobre a literatura cubana do século XX para “Panorama das literaturas das Américas” de Montezuma de Carvalho (vol. II, 1958).

OXFORD

ESCRITORES HISPÂNOS (MANUEL BUENO)

BUENO, Manuel (Pau, France, 1874-1936). Xornalista e home de letras. O seu pai era arxentino e a sua nai bilbaína. Passou um curto período da sua vida em Hispanoamérica, mas a maior parte dela residíu em Espanha, e considerába-se espanhol. Entre as suas obras de teatro están “La mentira del amor” (1907) e “El talón de Aquiles” (1908). Escrebeu muito sobre crítica teatral e publicou “El teatro en España” (1910), de sumo interesse. Ainda que hoxe as suas novelas e contos caírom no esquecimento, foi neles que concentrou o seu maior esforço criador; os contos están reunidos em “Viviendo” (1897), “A ras de tierra” e “Almas e paisajes” (ambas de 1900) e “En el umbral de la vida” (1919). Entre as suas numerosas novelas destacan “Corazón adentro” (1906), “Jaime el Conquistador” (1912), “El dolor de vivir” (1924) e “Poniente solar” (1931). Están escritas num estilo fluído mas pouco imaxinativo, que carece do vigor criativo e da habilidade de estructurar as histórias que tinha o seu mêstre Baroja. Os seus temas favoritos som Dios e a inmortalidade, a morte e o suicídio.

OXFORD