BERKELEY (ALCIPHRON OU O FILÓSOFO MINUCIOSO)

Berkeley dedica o segundo diálogo da sua obra “Alciphron ou o Filósofo Minucioso” a refutar a tese da “Fábula das Abelhas”, reivindicando a fé e a ordem moral cristán. Afirma Berkeley que Inglaterra tem tido ultimamente grandes filósofos que tentarom que os vícios privados sexam bens públicos e que o vício é algo muito bom com um nome feio. Os mencionados autores sustentam que, na realidade, a embriaguez, a prostituiçón e o xogo servirom para se enriquecer a muitos homes e criar numerosos postos de trabalho que possibilitarom unha vida digna a bastantes famílias. Contra estas afirmaçóns, Berkeley argumenta algo muito simples: um home saudábel e sóbrio pode beber mais do que um bêbedo que estexa doente, ter unha vida mais longa e fazer circular mais dinheiro. Isto é, unha vida longa e saudábel consome mais do que unha vida breve e doente. E se os vícios afectam à saúde e abreviam a vida, non parece tán clara a afirmaçón de que o vício sexa benéfico para a cousa pública. “Vós, senhor, pensais que, polo bem da sociedade, a natureza humana debe ser louvada tanto quanto possíbel; considero que a sua verdadeira ruindade e deformidade som mais instructivas”, respondeu, com a dureza do sarcasmo, Bernard Mandeville a George Berkeley, a quem Mandeville consideraba um adulador com o fim de conduzir as pessoas para o seu próprio campo moral.

LUIS ALFONSO IGLESIAS HUELGA

Deixar un comentario