
Platón, é unha dessas mentiras, que quase todo o mundo toma por verdades. Digo quase todo o mundo, porque a ignorância nunca é total, e o mesmo acontece com a deshonestidade, também nunca se realiza completamente. Depois de ter lído toda a obra de Arístocles (a considerada autêntica, a duvidosa e a espúrea, os fragmentos e toda a sua correspondência.). Cheguei à brilhante conclusón, de que tinha sído enganado, que todo este “corpus” non pertencía a um home só e muito menos a “Platón”. Logo, cabe perguntar-se ¿de quem será entón? Boa pergunta! Este compêndio de filosofia arcáica, depois de consultar nas histórias da filosofia grega, parece ser que, foi feito por filósofos Neo-Platónicos, a encargo da Biblioteca de Alexandría. E, como era costûme na época, otorgou-se-lhe o nome do filósofo mais famoso (tal como se fixo com o “Corpus Hipocraticum”.) De ahí, venhem depois também as dificuldades para declarar a autenticidade e a cronoloxía das obras, xá que non dispomos da data de publicaçón de ningunha delas. Non obstânte, intentarom ordená-las dentro de um quadro que fora o mais fiábel possíbel, e que nos derá unha forzada evoluçón do pensamento pessoal de Arístocles. As obras forom estudadas baixo variádos prísmas, primeiro linguisticamente, depois forom anotadas todas as referências internas, e por último também as referências externas à obra. Tudo isto, para que dera lugar a diversas cronoloxías, que puideram apoiar a opinión e o gosto dos especialistas na matéria em estudo. Mesmo sem haber um consenso unânime, puiderom definir-se, polo menos, algúns agrupamentos fundamentais:
Época Primeira (A MAIÊUTICA E A IRONIA SOCRÁTICA)
As obras mais destacadas som: “A Apologia de Sócrates”, “Protágoras” e “A República” (Libro I).
Época Segunda (AS GRANDES LINHAS DO PENSAMENTO FILOSÓFICO)
Destacam-se: “Górgias” e “Ménon”.
Época Terceira (AS OBRAS DA MATURIDADE)
Som: “O Banquete” (ou Simpósio), “Fédon”, “A República” e “Fedro”.
Época Quarta (OBRAS MAIS TARDÍAS)
Forom : “Teeteto”, “Parménides” e “Timeo”.
Por fim, recordemos, que nunca a ignorância nem a deshonestidade, serán totais.
ANTONIO ARGIBAY SEBASTIÁN