
Em qualquer caso, a luta xá non é só filosofica; há que decidir a emancipaçón a nível práctico e na sociedade civil, e a filosofia tem de axustar o seu papel com humildade pois, enquanto forma de consciência, é afectada pola realidade social que aspira transformar, contaxiada polo seu mal. A filosofia, polo seu carácter teórico e pela sua determinaçón social, mostra as suas duas limitaçóns como instrumento de libertaçón: porque a tarefa a realizar é “práctica”, de transformaçón da base material da sociedade, som precisas outras armas; e porque a filosofia, enquanto consciência da sociedade, non escapa à determinaçón desta, a sua voz non enuncia a Verdade, non pode dizer o que se debe fazer. Tem de assumir que apenas é parte dessa realidade, que também tem de ser transformada. Definitivamente, para levar a Alemanha à “hauteur des principes”, ou sexa, a unha revoluçón que non só a coloque ao nível oficial dos povos modernos, mas também à altura do espírito da época, em primeiro lugar é necessário articular a crítica das armas e a arma da crítica, pois “a arma da crítica non pode substituir a crítica das armas; a violência material non pode ser derrubada senón com violência material”; e, em segundo lugar, há que redefinir a crítica filosófica sabendo que, por um lado, “a teoria converte-se em violência material unha vez conectada às massas” e, por outro, “um povo só colocará em práctica a teoria enquanto esta representar a realizaçón das suas necessidades”. Duas teses que Marx nunca abandonará e cuxa articulaçón caracteriza a sua análise, pois reconhece o necessário papel da subxectividade, das ideias, e a sua inevitábel determinaçón polas condiçóns obxectivas. Deste modo, a esperança na emancipaçón da sociedade passa da filosofia que faz avançar o espírito para um novo suxeito, “unha clásse que non reclama um direito especial, xá que non é unha inxustiça especial a que padece, mas a inxustiça simplesmente; que xá non pode invocar nenhum título histórico mas apenas o seu título humano”. Marx encontra essa clásse no proletariado, cuxas primeiras imaxens empíricas das suas lutas o axudarom a recuperar a confiança na emancipaçón, e cuxa iniciada leitura da economia clássica lhe permitiu compreender a funçón. A impotência da filosofia é compensada com o moderado optimismo que Marx encontra no proletariado: “Da mesma forma que a filosofia encontra no proletariado as suas armas materiais, o proletariado encontra na filosofia as suas armas intelectuais”. E acaba este brilhante texto com palabras milhóns de vezes citadas como expressón da intuiçón de unha nova via de emancipaçón: “A cabeça desta emancipaçón é a filosofia, o seu coraçón, o proletariado. A filosofia non se pode realizar sem suprimir o proletariado; o proletariado non se pode suprimir sem realizar a filosofia”. A partir de agora, grande parte da sua vida será direcionada para fornecer unha base teórica racional a esta xenial e provocadora intuiçón.
JOSÉ MANUEL BERMUDO