Arquivos diarios: 28/08/2022

ESTOICISMO IMPERIAL: SÉNECA.

Os estoicos mais conhecidos som os do período romano, non só porque o seu pensamento nos chegou de maneira mais fidedigna, mas também porque este periódo está replecto de personalidades e biografias de grande interesse. Centram-se no aspecto moral da doutrina, prescindindo da epistemoloxia e da física, que tinham a mesma importância que a primeira nos estoicos precedentes. Renunciam ao pensamento global, cinxindo-se à parcela ética, a ponto de exercerem sobre os seus leitores unha espécie de orientaçón espiritual. Som pensadores prácticos que procuram modos de vida de acordo com a natureza humana e, ao contrário dos seus antecessores, non toleram interesses especulativos nem científicos. O cordovés Lúcio Aneu Séneca (quatro anos antes de Cristo – 65 depois de Cristo) foi filósofo, político, orador e escritor. Desempenhou vários altos cargos em Roma (até mesmo o de senador) durante os impérios de Tibério, Calígula, Cláudio e Nero, de quem foi preceptor e sob cuxas ordens se viu forçado a cometer suicídio, como puniçón polo envolvimento nunha conspiraçón contra o imperador. Escrebeu várias traxédias em latim e muitas obras de índole moral. A sua filosofia mais duradoura é a que trata da psicoloxia das paixóns, da natureza da vontade humana e das técnicas de educaçón moral. O seu estilo literário, apoiado nunha retórica elegante, abundante em máximas e sentenças, tornou-se célebre e inconfundíbel. “As Cartas a Lucílio” som parte destacada da literatura universal.

J. A. CARDONA