
BORGES, Jorge Luis (Buenos Aires, 1899). É um dos grandes contistas da literatura universal e um ensaista incomparábel. Os seus escritos influirom a muitos escritores mais alá das suas fronteiras e do seu continente. Borges é também um excelente poeta, mas o seu êxito como narrador com frequência fai esquecer os seus acertos neste outro xénero. O estilo da sua prosa une a brevidade com a elegancia em contos cuxa ambigüidade resulta absoluctamente orixinal. Passou a sua xuventude em Buenos Aires, mas dentro de um âmbiente muito influído pola cultura inglesa, de maneira que Borges aprendeu a lêr em inglês antes que em espanhol. A leitura de Robert Louis Stevenson foi unha das suas aficçóns daqueles anos, Estudou depois em Xinébra (1914-1918) e entón também viaxou por França, Alemanha e Maiorca. Residíu depois em Espanha, onde se xuntou ao grupo dos “ultraístas” e à revista “Ultra” em 1919. Introducíu este movimento na Arxentina a través de publicaçóns em revistas como “Prisma”, “Proa”, “Nosotros” e “Martín Fierro” e no seu primeiro libro, “Fervor de Buenos Aires” (1923). A primeira etapa de “Proa” abarcou de 1922 a 1923, até que o cofundador, Macedonio Fernández, renunciou. Borges iniciou a segunda etapa da revista (1924-1925) com Ricardo Güiraldes, Pablo Rojas Paz e Brandán Caraffa. Em 1925 Borges começou a colaborar no suplemento cultural do xornal “La Prensa”. De ahí iniciou as suas colaboraçóns em quase todos os diários e revistas importantes da Arxentina. Recordamos especialmente a sua colaboraçón na revista de Victoria Ocampo, “Sur”. A sua biografía é quase inexistente. A sua verdadeira vida está constituída polo crescimento das suas leituras e do seu desarrolho intelectual e criativo. Os únicos incidentes externos importantes que podemos mencionar foi o seu cese como director da Biblioteca Nacional por ordem de Juan Domingo Perón e a cegueira progressiva que padeceu desde fai muitos anos. Profundo estudoso dos sistemas de pensamento oriental e occidental, xamais caíu no “escepticismo”. É um home de cultura universal e enciclopédica e foi capaz de introducir subtilmente nos seus escritos paradoxas e metáforas que saca de diversas fontes. Pode afirmar-se que os seus ensaios e os seus contos constituem unha série de problemas literários e filosóficos, que introduce com brevidade e que resolve com gráça e elegância. Os seus ensaios som: “Inquisiciones” (1925), “El tamaño de mi esperanza” (1926), “El idioma de los argentinos” (1928), “Evaristo Carriego” (1930), “Discusión” (1932), “Las Kenningar” (1933), “Historia de la eternidad” (1936), “Nueva refutación del tiempo” (1947), “Aspectos de la literatura gauchesca” (Montevideo, 1950), “Antiguas literaturas germánicas” (em colaboraçón com Delia Ingenieros, México, 1951), “Otras inquisiciones” (1952), “El Martín Fierro” (com Margarita Guerrero, 1953), “Leopoldo Lugones” (1955, em colaboraçón com Betina Edelberg) e “Elogio de la sombra” (1969), que incluie histórias e poemas, entre outros. O primeiro libro de Borges foi um libro de poemas e ao longo da sua vida continuou cultivando este xénero. Os seus temas preferidos som sempre o tempo e o intemporal, a identidade e a âmbigüidade que entranha, a paradoxa e a natureza cíclica do conhecimento e da história. Depois de “Fervor de Buenos Aires” publicou “Luna de enfrente” (1925) e “Cuaderno de San Martín” (1929). Libros que despois rechazou por esaxeradamente “ultraístas”. Os asuntos dos seus primeiros poemas som com frequência “criollos” e rexionais. Neles pode-se notar o aspecto local de unha literatura que raramente o é na sua narrativa. A tendência metafísica de Borges está reflexada em “Antología personal” (1961), “Obra poética 1923-1967” (1967) e nos poemas incluidos no xá citado “Elogio de la sombra”. Mas o melhor de Borges som os seus contos: “Historia universal de la infamia” (1935 e logo incluida nas suas “Obras completas” em 1954), é a primeira obra do “realismo mágico” hispanoamericano, que atinxiría o seu clímax com Gabriel García Márquez. “El jardín de los senderos que se bifurcan” (1941), “Artificios” (1944), “Ficciones, 1935-1944” (1944); “El aleph” (1949), “La muerte y la brújula” (antoloxía que incorpora alguns contos novos), “El hacedor” (cuxa primeira edicçón está incluída em “Obras completas”, 1960), “Cuentos” (1968), “Elogio de la sombra” (1969), “El informe de Brodie” (1970), “El congreso” (1971) e “El libro de Arena” (1975). Borges admite a influênça na sua literatura de escritores como Chesterton e Lewis Carroll. O elemento lúdico levou-o a colaborar frequentemente com Adolfo Bioy Casares na elaboraçón de novelas policíacas baixo o pseudónimo de “H. Bustos Domecq”: “Seis problemas para don Isidro Parodi” (1942), “Dos fantasías memorables” (1946) e “Crónicas de Bustos Domecq” (1967). Como “B. Suárez Lynch” publicarom a obra “Un modelo para la muerte” em 1946. Borges compilou também varias antoloxías: “Antología clásica de la literatura argentina” (sem data, mas de 1937), em colaboraçón com Pedro Henríquez Ureña; “El compadrito: su destino, sus barrios, su música” (1947), em colaboraçón com Silvina Bullrich; “Cuentos breves y extraordinarios” (1953), com Bioy Casares; “Manual de zoología fantástica”, com Margarita Guerrero (1957); e “El matrero” (1970).
OXFORD