
BÖHL DE FABER, Cecilia (Morges, Suiça, 1796-1877). Novelista e costumbrista que escrebeu baixo o pseudónimo de “Fernán Caballero”. Filha do hispanófilo alemán Juan Nicolás Böhl de Faber. O seu pai educou-na no catolicismo. Aos dezanove anos casou-se com um xovem capitán de infantaria, que morreu ao ano seguinte em Puerto Rico. Em 1882 casou de segundas núpcias com o marquês de Arco Hermoso, e com el viveu nas casas de Sevilla e do campo, de onde sacou material para as suas novelas e os seus quadros rurais e de costûmes. Depois da morte do marquês, Cecília casa, por terceira e última vez, com Antonio de Ayala. Foi a causa da sua precária situaçón económica que considerou a publicaçón das suas obras. “La Gaviota” publicou-se por entregas no “El Heraldo” em 1849. De imediato, esta novela, orixinariamente escrita em françês, foi considerada como digna de um novo Walter Scott. Escrebeu-a como reacçón contra os folhetins sensacionalistas, que estabam de moda nos xornais da época; ademais de dar unha visón muito real de como se comportabam e falabam os espanhois daquel tempo. A obra trata do matrimónio fracasado do doutor Stein com a filha de um pescador, a quem chamabam “La Gaviota”. A mulher enamora-se de um “torero” e abandona o marido para converter-se em cantora profissíonal. O doutor Stein parte para os Estados Unidos e “La Gaviota” regresa finalmente ao fogar; perdida a voz, só lhe queda casarse com o barbeiro. As escenas da vida andaluza, que som a verdadeira razón de ser da novela, absoluctamente convincentes, mas, evidentemente, non reflexan “a vida espanhola”, xá que a autora seleccionou o que considera mais pintoresco. A seguinte novela, foi “Clemencia” (1852, dous volûmes), na qual unha mulher desafortunada no seu matrimónio aceita essa carga com resignaçón; “Cuadros de costumbres populares andaluces” (Sevilla, 1852); “La farisea” (1853), que está baseada nas suas experiências portorriquenhas; “Lágrimas, novela de costumbres contemporáneas” (Cádiz, 1853); e “La familia de Alvareda, novela original de costumbres populares” (1856), escrita em alemán, trinta anos antes da sua publicaçón em Espanha. Outras obras suas som: “Una en otra”, “Callar en vida y perdonar en muerte” e “Con mal o con bien a los tuyos te ten” (todas em 1856); “Un servilón y un liberalito, o tres almas de Dios” (1857); “Relaciones” (1857) e o quadro de costûmes breves “Deudas pagadas” (1860). Fernán Caballero aspiraba a expressar a verdade, o patriotismo e a naturalidade, mas a sua falta de xuíço literário, fán a sua leitura problemática para o home moderno. As suas “Obras completas” publicarom-se em 1855-1858 (19 volûmes).
OXFORD