¡¡ QUE NADA SE SABE !!

Diferencia entre “aprehensón” e “recepçón”, xá que o cán recebe a “especie” de um home, de unha pedra, de algo que tem um tamanho, e non obstânte non conhece. Também o nosso olho recebe, e non conhece. Muitas vezes recebe a alma, e non conhece, como quando admite falsidades ou quando as cousas se apresentam obscuras a um espírito torpe. Distingue também entre o conhecimento propriamente dito, que acabamos de descreber e que, sem embargo, non conhecemos, e outro conhecimento, impropriamente dito, polo qual se afirma que alguém conhece o que viu noutro momento e o conserva na memória adornado com os seus próprios caracteres. Em virtude deste conhecimento, afirma-se que o menino conhece o seu pai e ao seu irmán, o cán ao dono, assím como o caminho por onde passou. Por último, divide todos os conhecimentos em dous. Um é o “perfeito”, mediante o qual unha cousa é “percebida e entendida” por todas partes, por dentro e por fora; este constitue a “ciência”, à qual agora desexaríamos pôr em harmonia com os homes, ainda que ela non se deixa. O outro é o “imperfeito”, mediante o qual se “aprehende” unha cousa de qualquer modo e da maneira que sexa; este é o que nos resulta mais familiar, se bem é maior ou menor, mais claro ou mais escuro, nunha palabra, está repartido em diversos gráus, segundo a variedade dos enxenhos humanos. Acostuma a dividir-se este conhecimento em dous: um “externo”, que se realiza mediante os sentidos e polo mesmo se chama “sensorial”, e outro “interno”, que se realiza por meio da mente só, mas non resulta “nada” em absolucto!

FRANCISCO SÁNCHEZ

Deixar un comentario