
Para Hannah Arendt, é preciso distinguir entre “pensamento racial” – unha espécie de estudo pseudocientífico sobre unha suposta hierarquía racial – e “racismo”, enquanto ideoloxia utilizada como xustificaçón nos planos políticos do colonialismo imperialista. Neste ponto, debemos recordar que, para Arendt, as ideoloxias som “sistemas baseados nunha única opinión com força suficiente para atrair e persuadir unha maioria de pessoas”. De acordo com isso, o racismo seria unha ideoloxia que “interpreta a História como a luta natural das raças”. O imperialismo criou a ideoloxia racista como xustificaçón para a conquista e para proporcionar unha base biolóxica à comunidade, questón que mais tarde o nazismo radicalizou ao estabelecer a sobreposiçón entre raça e naçón, de tal forma que os que non eram da raça prescripta ficavam à marxem da naçón, da comunidade política. Neste sentido, debemos ter presente que a política racial do Terceiro Reich pretendeu criar um novo mapa racial da Europa, redesenhando a humanidade de acordo com critérios raciais e devolvendo-a a unha natureza “orixinal”.
CRISTINA SÁNCHEZ