PASSEIOS PARA UNHA SEMANA (A CONCHA DE SAO MARTINHO DO PORTO)

Frequentado basicamente por xente portuguesa, o qual lhe dá um encanto especial. E por muitos meninos de tenra idade, cada grupo com o seu gorro dunha côr, ercarnados, verdes, azuis, amarelos, alaranxados, e as suas mochilas infântis, todos uns da mán dos outros como carrapatos caminho do mar e da areia.

Dando um aspecto enternecedor, a esta benigna “concha” de vieira, comunicada pelo cú (bastânte estreito) com um mar aberto de ondas bravas.

A praia interior é um remanso de àguas mornas, sem ondas fortes, ideal para os nenos brincar e para passear à fresca da tardinha, antes de comer.

É, um “universo” desconhecido para o grande turismo, perto da Nazaré, perto de Alcobaça e perto das Caldas da Rainha. Quando chegamos a este lugar desconhecido, afastado do mundo e das notícias, o âmbiente era mínimo.

Mas, rapidamente, começou a aumentar dia a dia, até alcançar o quinze de Xulho, dia da plenitude do apoxeo vacacional.

Um percurso possíbel, para um tempo de pensar, dormir longas horas, passear pola beira mar, tomar o sol da tardinha, comer como um abade de Guillade e perder-se em largas e prazenteiras conversas fiádas.

Depois de dormir à perna solta, durante toda a noite e disfrutar do silêncio do lugar. Um, pode encaminhar os seus passos, cara a unha “Leitaria” frequentada por populares perto da praia, para o “pequeno almorço”.

Logo, é necessário, deâmbular sem tino, até à hora de comer. Activando a máquina e pensando cousas sem sentido lóxico, até que a condenada fâme apareça irremediábelmente.

Neste preciso momento y lugar, e gastronomicamente falando, quem sabe, dirá, que o prato perfeito é unha “Caldeirada de Peixe”. Estava perfeita, e non conseguimos acabar com ela totalmente.

Depois de comer, o corpo pede descanso, durante unhas horas, e para isto foi inventada unha cousa chamada “sésta”, que se disfrutava durante a hora sexta, mentras os escrávos se deslomávam.

Á tarde, há que buscar unha explanada sombría, onde, ao âmparo de um refrixério, se poida rumiar demoradamente filosofia despretênciosa e fortemente heterodoxa, aproveitando a impunidade que nos proporciona o anonimato.

Pola caída da tardinha, passear com os pés pola àgua, e expôr o corpo aos últimos raios do sol. Dar largas caminhadas pola areia, até que a vontade cega de comer, apareça como unha ladrona, confirmando toda a teoría de Schopenhauer de unha metafísica sem Deus.

Encaminhamos os nossos passos resoluctos, cara a um templo de Baco, onde saciar os nossos desexos mais apremiantes.

Um dos hábitos que colhemos em Portugal, foi o de pedir sempre unha sopa. E, a verdade é que, ademais de serem muito reconfortântes para o organismo (fán com que a comida che sente bem no estômago), resultam deliciosas todas elas.

Unha “Cataplana de Lagosta”, é também um dos pratos perfeitos para a ribeira do mar. Estava muito bem feita, mas a matéria-prima primordial era um bastânte escása, o que diríamos unha lagosta “Liberal”.

Por último, mandámos grelhar unha “Garoupa” grande do nosso mar, que era um portento culinário de primeira magnitude gastronómica.

O último dia, decidímos visitar o “Convento de Alcobaça”, entre as possíbidades que nos quedabam, Nazaré e Caldas da Rainha.

O refeitorium dos monxes ou monxas.

Non podemos abandonar, estes saudosos campos do Mondêgo, de teus fermosos olhos, nunca enxutos, Inés. Sem unha homenáxe sentída, ao tráxico amor de Pedro e Inés de Castro.

“Estavas linda, Inés. Posta em sossêgo. De teus anos, colhendo o doce fruto. Nesse engano d’alma, ledo e cego. Que a fortuna, non deixa durar muito.”

A IRMANDADE CIRCULAR

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