PITÁGORAS (LIBRE SERÁ TAMBÉM O HOME)

“De modo que, se os homes filosofaram para libertar-se da ignorância, é evidente que buscavam o conhecimento unicamente em vista do saber e non por algunha utilidade práctica. E o modo como as cousas se desenvolveram o demonstra: quando xá se possuía practicamente tudo o que se necessitava para a vida e também para o conforto e para o bem estar, entón começou-se a buscar essa forma de conhecimento. É evidente, portanto, que non a buscamos por nenhu-ma vantaxem que lhe sexa estranha, e, mais ainda, resulta evidente que, como chamamos libre ao home que é fim para si mesmo e non está submetido a outros, assim só esta ciência, dentre todas as outras, é chamada libre, pois só ela é fim para si mesma.” É essencial este vínculo entre a filosofia e a liberdade. Pode ser considerado libre aquele ao qual nada impede de actualizar as faculdades para as quais está dotado por natureza, o peixe ao qual nada lhe dificulta nadar ou a águia que empreende o seu voo. Libre será também o homem que actualiza plenamente a sua condiçón de ser de razón e, se essa liberdade se expressa para Aristóteles na práctica da filosofia, isso supón que a filosofia non é unha cousa continxente, mas a expressón de que unha potencialidade essencial da nossa natureza está a ser levada a cabo.

VÍCTOR GÓMEZ PIN

Deixar un comentario